Horóscopo para hoje:
“Aceite as recomendações, deixe de lado a sua lendária teimosia de sempre
seguir em frente com seus planos sem importar o que aconteça ou o que outras
pessoas digam. Dessa vez seria propício você aceitar sugestões.” (oscar.quiroga@estadao.com.br)
No nascedouro, suponho que a
democracia fundou-se na tese de que homens são entidades puras. Todo o poder
emanaria do povo e em seu nome seria exercido. Todo o poder estaria a serviço
do bem estar social e econômico.
Ao contrário da autocracia,
conquistada quase sempre pela força, o poder é exercido por um junto a seus
asseclas satrápias em benefício de uns escolhidos e cúmplices no processo de
dominação de uma minoria em detrimento da maioria.
Portanto, sem delongas e
emboramentes, a História é marcada por períodos permanentes de governança
autocrata, alguns deles travestidos de democratura, já que em muitas paragens o
povo é constituído por idiotas.
Idiotas, aqui, no sentido grego: “Idiota é todo cidadão que não se ocupa da
Política”.
Tudo uma questão de Ética.
Há dois anos estamos desgovernados.
Isto, literalmente: desgovernados. Sem governo e à deriva. Desde os primórdios
do processo eleitoral, passando por ele e a sequência que se arrasta ao longo
de todo este ano podendo durar mais o próximo exercício, ninguém pode dizer com
algum grau de acerto para onde vamos.
Na cena presente, discutimos
impedimentos: do Presidente de uma das casas legislativas e/ou da Presidência
da República.
E o que debatemos? Quem mente mais,
portanto, uma questão ética. Além dos protagonistas a sociedade, a mídia, as
instituições e o povo em geral. Em todos os lugares, quem mente mais?
Perdoem-me, talvez não se trate de mentiras, mas escolhas de verdades a serem
ditas.
Há aí uma verdade que vem sendo
dita: somente batem em um partido. A mim, parece óbvio já que em sendo o
partido que está responsabilizado pela governança e o faz de forma, dourando a
pílula, inadequada, deve ser sim o alvo de todos os ataques. Mesmo sabendo que
em todos os demais partidos não exista nenhum homem puro.
Quem fica e quem sai, como se isto
fosse mudar o curso da lama que sufoca o doce bem estar social, toma horas e
horas além de recursos mais do que escassos dos nossos rasos cofres.
O Supremo já poderia ter entrado na
ignomínia (viu, eu disse que podia escrever com erudição), mas não o faz cioso
de seu papel e certo de que não convém colidir com os outros poderes da
República.
As cartas estão lançadas e os
jogadores à mesa. Interessante que os protagonistas são descélebres, uns
ilustres desconhecidos do baixo clero que ganham notoriedade em um momento mais
crucial da pendenga. Aos figurões, não convém.
Sai a qualquer hora: truco ladrão, gritará uns dos
contendores. Vale quarenta, maldito.
Vociferá o adversário. Nesse jogo, de
audiência cadente e formadora de idiotas (em todos os sentidos) vai dar o de
sempre: nada.
Vamos voltar à nossa vidinha
procurando o nosso Salvador, para negar os fundadores da democracia e achar
quem nos governe. Que seja autocrata, mas com menos vilania.
Um pouco de pureza, mesmo que
aparente, não faz mal a nenhum povo que não se preza.
Até breve.
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