Das lógicas perversas:
Os nazistas mataram judeus; os americanos
vietnamitas, iraquianos, e outros tantos; os ingleses indianos, africanos e
outros tantos; os japoneses chineses; os franceses mataram argelinos...
Logo: qual o problema do Estado
Islâmico estar matando inocentes de diferentes nações, aleatoriamente?
O governo FHC transgrediu a Lei de
Responsabilidade Fiscal, o governo Lula idem, governos estaduais e municipais
também.
Logo: qual o problema do governo
Dilma em fazê-lo?
Uma das maiores conquistas da
sociedade brasileira ocorreu na virada do século e do milênio. Em 04 de maio de
2000 foi promulgada a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, oficialmente Lei
Complementar à Constituição Federal nº 101.
A Lei veio impor o controle dos
gastos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, condicionando os
gastos à arrecadação e aplicados à luz dos Orçamentos aprovados pelas câmaras
legislativas.
Antes dela toda orgia era permitida
e os governos se sucediam sem consequências objetivas. Especialmente no final
de mandatos em que os gestores realizavam obras, muitas de grande porte,
transferindo os ônus para os sucessores.
A sociedade investe milhões de
reais no processo de orçamentação, aprovação e gestão dos dispositivos
previstos na LRF. Remunera uma estrutura considerável de Tribunais de Contas em
todas as esferas para acompanhar e fiscalizar a adequação da alocação dos
recursos dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Nenhuma empresa que se preze pode
subsistir sem um orçamento e, principalmente, sem rigoroso controle pela administração
efetiva de seus gestores. De um país não é diferente.
Os ritos de elaboração e aprovação
devem ser sagrados, na medida em que está se tratando da saúde financeira para
a realização de projetos que são caros aos acionistas, no caso das empresas, e
dos contribuintes no caso do país, estados e municípios.
Todos os recursos administrados
pelos governos emanam do povo e em seu benefício devem ser aplicados. O governo
não é um ente contribuinte, o cidadão que o é. Portanto, é a ele que se deve ir
ao encontro das demandas, da execução da sua vontade e da efetiva e transparente
prestação de contas.
Em terra que tudo dá provavelmente
cresceu e se desenvolveu um povo pouco atento à recursos. Somos, de maneira
geral, pouco afetos ao controle de nossas finanças e, às vezes, até
inconsequentes. Somos vítimas fáceis de um desejo fortuito, especialmente
quando surgem facilidades para realizarmos algo acima de nossas possibilidades.
Assim, talvez não compreendamos a
importância do debate em torno das razões pelas quais a mandatária maior do
país deve se explicar sob pena de seu afastamento. A Presidente argumenta que
transgrediu a LRF por um motivo justificável que, entre outros desvios, os
recursos foram alocados para pagamento das obras do Minha Casa Minha Vida.
Essa tese de que os fins justificam
os meios sempre foi defendida por governantes déspotas. Iluminados pelo poder
sempre são o que sabem como deve ser administrado o seu país.
Ocorre que o povo existe, a Lei
existe e a eles o governante deve explicações. A única resposta que o governo
Dilma precisa dar à sociedade é que se ele transgrediu a Lei ou não.
Para o Tribunal de Contas da União,
por unanimidade de seus ministros, sim. Para o ex-presidente, sim. Para a
própria presidente, sim. Para todos os cidadãos que acompanham de perto os
fatos, sim.
A grande transformação da sociedade
brasileira está por um fio de esperança. A de que Lei neste país é para ser
cumprida. Caso não, quem aqui vai dizer a qualquer outro que seus crimes, mesmo
os menos hediondos, não são justificáveis?
Quando o crime cessará?
Até breve.
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