Os que acompanham este blog sabem
que padeço de patologia cíclica. Mantendo coerência, retorno a post confirmando
a mesma tendência.
É que, às vésperas de ser submetido
a uma cirurgia ainda que com a probabilidade remotíssima de resultar em um
corte definitivo, dou um golpe na sequência de temas abordados e volto àquele
que mais me compraz.
A Alegria.
Hoje não falarei aqui de questões
nauseantes, talvez o faça feicibocando com outros idiotas como eu que insistem
em ter uma inserção nas realidades. Gente doente que não se conforma com o que
se passa. Demodês, moralistas de plantão, egocentrados em suas falácias
denunciantes.
Gente que não se alinha com o que
escorre de Brasília, essa cidade excrescência nacional, com todo o respeito à
grande maioria de brasilienses. Brasília foi concebida sob o pecado original de
ser o centro geográfico do país de onde emanariam os tentáculos de um Estado
Centralizador, soberano e invasivo na vida privada.
Ditaduras perenes, a cada ciclo sob
um matiz, mas no cerne ditaduras.
Hoje gozarei do privilégio de, na
hora do almoço, buscar Noninha e Tin. Noninha deixarei na escolinha e, com Tin,
cantarolando suas primeiras palavras, vou buscar Antônio e trazê-los para
passar a tarde.
A Vida vem sorvida a passos largos.
Parece foi ontem que, alucinado, aqui eu registrava diálogos delirantes com
minha primeira netinha que sequer havia nascido. Quem tiver interesse vá ao
arquivo do blog e acesse no tema LIZ. Alegria em estado puro.
Noninha já tem posições próprias no
alto de seus trinta e nove meses de idade. Não espere seduzi-la, cooptá-la, persuadi-la,
obriga-la a qualquer coisa que ela não queira. Esqueça.
No domingo fui junto com a mãe dela
e o irmão comprar batom, não o chocolate, o cosmético. Para ela, que queria
roxo. Passeando pelas gôndolas eu lhe mostrava as diferentes alternativas.
- Não, vovô, eu quero roxo.
Antes ainda de sair da loja ela
quis passar o batom e pediu à mãe que o fizesse:
- Para não borrar, mamãe...
- Vamo comprá picolé? Perguntou Pretinha para dar um plus ao passeio.
Liz adora picolés, especialmente o
de uva, mas:
- Não, mamãe, se eu for chupar picolé agora vai tirar o batom... Eu num
quero.
Como se não bastasse a alegria que
essas três pessoinhas me proporcionam vem chegando outro que o médico acredita
com forte chances de ser outra. Antônio vai ter uma irmãzinha, que se chamará
Helena.
Danem-se as probabilidades, eu
quero ser como Noninha agora: eu quero que seja Helena. E ponto.
Para eu me enlouquecer de vez!
Até breve.
Obs.: Para quem não sabe ainda:
Noninha é apelido de Liz e Tin de Valentin, filhos de minha filha Valesca (Pretinha) com um gajo
chamado Cláudio. Antônio é filho de meu filho Vladimir (Vlad) com uma beleza
que se chama Fabiana (Fá) futuros papais também da “tocha reluzente”.
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