quinta-feira, 5 de novembro de 2015

TOCHA



Os que acompanham este blog sabem que padeço de patologia cíclica. Mantendo coerência, retorno a post confirmando a mesma tendência.

É que, às vésperas de ser submetido a uma cirurgia ainda que com a probabilidade remotíssima de resultar em um corte definitivo, dou um golpe na sequência de temas abordados e volto àquele que mais me compraz.

A Alegria.

Hoje não falarei aqui de questões nauseantes, talvez o faça feicibocando com outros idiotas como eu que insistem em ter uma inserção nas realidades. Gente doente que não se conforma com o que se passa. Demodês, moralistas de plantão, egocentrados em suas falácias denunciantes.

Gente que não se alinha com o que escorre de Brasília, essa cidade excrescência nacional, com todo o respeito à grande maioria de brasilienses. Brasília foi concebida sob o pecado original de ser o centro geográfico do país de onde emanariam os tentáculos de um Estado Centralizador, soberano e invasivo na vida privada.

Ditaduras perenes, a cada ciclo sob um matiz, mas no cerne ditaduras.

Hoje gozarei do privilégio de, na hora do almoço, buscar Noninha e Tin. Noninha deixarei na escolinha e, com Tin, cantarolando suas primeiras palavras, vou buscar Antônio e trazê-los para passar a tarde.

A Vida vem sorvida a passos largos. Parece foi ontem que, alucinado, aqui eu registrava diálogos delirantes com minha primeira netinha que sequer havia nascido. Quem tiver interesse vá ao arquivo do blog e acesse no tema LIZ. Alegria em estado puro.

Noninha já tem posições próprias no alto de seus trinta e nove meses de idade. Não espere seduzi-la, cooptá-la, persuadi-la, obriga-la a qualquer coisa que ela não queira. Esqueça.

No domingo fui junto com a mãe dela e o irmão comprar batom, não o chocolate, o cosmético. Para ela, que queria roxo. Passeando pelas gôndolas eu lhe mostrava as diferentes alternativas.

- Não, vovô, eu quero roxo.

Antes ainda de sair da loja ela quis passar o batom e pediu à mãe que o fizesse:

- Para não borrar, mamãe...

- Vamo comprá picolé? Perguntou Pretinha para dar um plus ao passeio.

Liz adora picolés, especialmente o de uva, mas:

- Não, mamãe, se eu for chupar picolé agora vai tirar o batom... Eu num quero.

Como se não bastasse a alegria que essas três pessoinhas me proporcionam vem chegando outro que o médico acredita com forte chances de ser outra. Antônio vai ter uma irmãzinha, que se chamará Helena.

Danem-se as probabilidades, eu quero ser como Noninha agora: eu quero que seja Helena. E ponto.

Para eu me enlouquecer de vez!


Até breve.

Obs.: Para quem não sabe ainda: Noninha é apelido de Liz e Tin de Valentin, filhos de minha filha Valesca (Pretinha) com um gajo chamado Cláudio. Antônio é filho de meu filho Vladimir (Vlad) com uma beleza que se chama Fabiana (Fá) futuros papais também da “tocha reluzente”.

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