quarta-feira, 25 de novembro de 2015

CIÚME


Eu poderia abordar questões como a prisão, realizada hoje, pela Polícia Federal determinada pelo STF de um senador, de um banqueiro estelar, e de dois outros elementos que vinham prejudicando as investigações da Operação Lava Jato. É a primeira vez na história deste país que um senador em exercício de seu mandato é preso.

Eu poderia discorrer sobre as declarações de um presidente de banco que, com todas as letras, disse que Lula “estava a par de empréstimo de R$ 12 milhões tomado por pecuarista em 2004 cujo beneficiário seria o partido; empresário confirmou em delação que valor nunca foi quitado e que contrato da Petrobrás compensou dívida.

Prefiro uma experiência singela e de outra esperança.

- Vovô...

- Que foi, Lelê?

- Liz falou que você levou ela na lua, é verdade?

- É.

- Sozinha?

- Foi.

- Eu também quero.

- Tá.

- Que dia que você me leva?

- Vamos combinar...

- Hoje.

- Hoje não dá, temos que arrumar um monte de coisas para poder ir.

- Amanhã, então.

- Amanhã também não dá... Quem você quer que vá contigo?

- Todo mundo ora... A Dê e a Lu...

- Sei...

- Vovó Beth e vovô Antônio, você e vovó Vera, Liz, Pedrinho, Catita, Tin, tio Cláudio e tio Tadeu , tia Lola e tia Valesca... Artur e tia Sílvia...

- Quem mais?

- Tio Rafa e tio Bê...

- Você não está se esquecendo de ninguém não?

- Todo mundo da casa da vovó Nini?

- Por exemplo...

- Se eles quiserem ir, tem lugar num tem?

- Claro!

- Pois é...

- Lelê, você não se esqueceu de ninguém não?

- Acho que não.

- Acho que sim.

- Quem?

- Você sabe.

- Meu irmão?

- Claro que sim, né Lelê!

- Cê acha que cabe no balão, vovô?

- Sim.

- Vamos ver na hora de sair se ele não tiver muito chato, aí você pode levar ele sim.



Até breve.

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