Tenho uma compulsão doentia por
pornografia contemporânea. Ontem quase que fiz uma autoflagelação para ver se
fico liberto. Num teve jeito. Olha eu aqui de novo.
Confesso que assisti aos
noticiários de ontem e vi cenas que se repetem orientadas por um roteiro
fundado na repetição, signo da perversidade.
Os protagonistas, agora conduzidos
pelo mesmo arquiteto e seus asseclas, produziu uma tomada de cena da
reestruturação do bacanal.
A barganha resulta na mudança de
estratégica de cooptação da maioria para o abraço de afogados de uma minoria de
peso, supostamente mais “confiável” – se é que seja possível no antro fazer
fios com integrantes do bordel.
Mercadante na Educação é cena
similar à Garganta Profunda.
Noutro veio de manobra, o acinte de
contenção exemplar dos gastos é de dar dores anais que nos custará anos para
recuperar, isto se não causar uma inflamação venezuelânica crônica.
Duzentos milhões de reais,
incluindo a redução no holerite dos atores principais, é de uma compulsão digna
das taras mais abomináveis, somadas à fusão de ministérios redução do
aparelhamento criminoso de três mil cargos de bajuladores, chupadores, sanguessugas
do erário.
Ontem, enquanto as cenas da
fuderola geral rolavam, uma matéria paralela flagrou o Impostômetro da
Associação Comercial de São Paulo quando o medidor registrava a cifra
extraordinária de R$1,5 trilhões amealhados dos expectadores que bancam a
orgia.
Ora, se são R$30 bi de buraco,
significam 2% que seriam necessários de corte para dar uma ajustada, isto sem
considerar ainda três meses de bilheteria compulsória.
Dois por cento de ajuste no
gigantismo do monstro pornográfico dá para tirar de letra, só que aí a
sacanagem acaba.
Estou preocupadíssimo com o meu
estado de saúde. Nem doses na veia de levar Noninha à escola, jogar inúmeras
partidas de futebol com Tin, mostrar passarinhos para o Antônio têm minorado o
meu desgaste profundo.
A continuar assim vou acabar
compartilhando com meus amigos do Face book cenas do flagrante do nu do ator
global e de sua esposa.
Não, por todos os deuses do mal, livrem-me
da cura.
Morro vil.
Só que mudei de canal e assisti a
um clássico de Hitchcock, Festim Diabólico, e renovei minhas esperanças. Quem
quiser saber pode assisti-lo.
Até breve.
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