terça-feira, 1 de setembro de 2015

FOCUS



Há aí sim um rol de temas a serem investigados e que poderiam vir a se configurar em post.

Refugiados de diferentes catástrofes, guerras, fome, violência social, enfim, barbáries.

Trinta Bilhões de Reais de furo entre receitas e despesas no orçamento da União.

Louvar a atitude do eminente jurista Hélio Bicudo baluarte dos Direitos Humanos e que hoje, aos noventa e três anos de idade, face às suas convicções, deu entrada em processo pedindo o impeachment da Presidenta. Lembro que Bicudo foi um dos fundadores do PT mais ilustres.

Poderia inventar ou narrar uma trivialidade qualquer, tipo a compra de toalhas para piscina.

Ou, quem sabe, até abordar a Regra do Jogo.

Uma dica para comportamento, ou talvez lavrar um conto sobre duas mulheres e um homem que descobrem uma ilha em que habitam borboletas sem asas, mas que voam como as tais.

Dois dedos de um poema Hai Cai.

Um comentário sobre o filme que está por vir e que será rodado em, não importa muito onde.

Eu poderia abordar ainda algo que se passou no último final de semana vivido entre adoráveis amigos à beira de um mar e de brisas paradisíacas.

Opinar sobre a obra que andam fazendo ao lado do prédio onde moro.

Escolher de que lado entrar na briga, palestinos ou judeus, taxistas ou úberes. Os de baixo ou os de cima. Veados ou trogloditas.

Falar sobre dois cães que guardam minha casa vizinha.

Eu poderia falar sobre o enxame de abelhas que volta a cada ano - sempre entre os dias dez e quinze de agosto - e invade minha casa em Santa Luzia. 

Ou lembrar que é setembro e uma boa nova se espalhará pelos campos.

Sobre o que escreveu há poucos meses atrás o neurologista Oliver Sacks, que faleceu no último final de semana aos oitenta e dois anos de idade:

“Ao longo dos últimos dias, eu pude ver minha vida como se a observasse desde uma grande altitude, como se ela fosse uma espécie de paisagem, e com a percepção cada vez mais aguda da conexão entre todas as suas partes.

Sinto uma súbita nitidez de foco e perspectiva. Não há tempo para nada que não seja essencial.

Preciso me concentrar em mim. Não vou mais assistir ao noticiário na TV toda noite. Não darei atenção alguma à política ou ao aquecimento global”.

Num sei, prefiro acabar assim.



Até breve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário