sábado, 12 de setembro de 2015

BOLACINCO



Sinuca de bico pura! Para quem torcia para quanto pior melhor, notícias de ontem geraram orgasmos múltiplos.

O ex-presidente deverá ter que depor e os últimos elementos de defesa das pedaladas foram entregues ao TCU sob a alegação de que, se foram crimes do atual governo, eles já teriam sido cometidos pelo anterior.

Cereja do bolo o MPF pediu a dissolução de nove das empresas envolvidas na bandalha do Metrô de São Paulo.

Avaliação internacional do país como potencialmente caloteiro e dólar batendo em quatro perdeu até importância.

Não é último lance do tabuleiro de um xadrez, mas é quase.

Para qualquer casa que forem as peças embrulha, ou não?

Se se confirmarem evidências de que sim o ex-presidente sabia e a PF pedir o indiciamento, o exército de militantes já disse que vai para as ruas.

Se isto somar-se ao julgamento do TCU de que houve crime fiscal, o exército de militantes cresce.

Se não se confirmarem boa parte da sociedade vai desacreditar de vez das instituições e considerar que houve aí conchavo de baixo calibre. O ex-presidente sai fortalecido e 2018 corre um risco tremendo de lulalá.

Some-se a isto a confirmação da dissolução das empresas envolvidas com as obras do Metrô.

Orçamento 2016 em pauta com R$30 bi de déficit, e uns outros embrolhos a mais, é vamos ter mesmo um final de ano atípico.

Acho que nem os caciques do PMDB, protagonistas de todas as costuras desde o ocaso da redentora revolução de 64, vão dar conta de tecer tamanho novo tecido.

O gigante ter desperto e ter ido para as ruas em junho de 2013 implicou neste desfecho histórico. A História não precisa de homens para construí-la, apenas de um sucedâneo de fatos e ela se apodera da massa. E, muitas das vezes ou quase sempre, de forma passional.

Basta abrir qualquer grupo navegador de redes sociais ou comentários publicados em textos dos melhores articulistas do país. Nitroglicerina pura!

Dirão alguns: “Mas estávamos mesmo precisando disso e não há como fazer omeletes sem quebrar ovos”.

Nunca antes na história deste país estivemos com a elite governante com tantas feridas expostas: o Congresso, empresas líderes, o próprio judiciário, as instituições de controle, enfim, todos em uma vala comum os que os torna e a todos como adversários recíprocos.

Todos têm culpa nos cartórios.

O povo fará a sua revolução, disso eu não tenho dúvida. Pode ser até a de que, apesar da corte ruir literalmente de podre, vai seguir a vidinha e pular o carnaval do ano que vem esperando as Olimpíadas de 2016, as eliminatórias da Copa do Mundo.

Se bem que, num sei, vai que o povo é outro.



Até breve, eu acho.

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