"Aquilo que a lagarta chama de fim de mundo,
o resto do mundo chama de borboleta."
Lao Tse
- “Véio, que frescura é essa? Covardia...” Foi assim que Vlad reagiu
ao post de ontem.
- “Pai, shuff...” A reação de Pretinha.
Bê nem te ligo e Ela, bom Ela é
outra história.
O dasletra é plural, já foi
dito. Os membros da equipe de redatores podem e devem externar suas opiniões,
mas nenhum deles pode, unilateralmente, por mais justas, plausíveis que sejam
suas razões, decidir pela continuidade ou não do blog.
Sendo assim, vamos dar licença ao
nosso colega de ontem que vinha escrevendo os últimos posts, entendendo as suas
razões, mas face aos tempos que seguem, não podemos todos os demais redatores
ficar sem esse espaço de trabalho.
O contista eventual, por exemplo,
que de há muito não dá o ar da graça, o crítico de arte, o avô babadão, esses
caras todos tem que ter a vez, mesmo que a agenda contemple a prioridade do
olhar político-social.
Até porque depois das inúmeras
manifestações em contrário à posição do colega autor de COVARDIA o dasletra
segue como o Charlie Hebdo, apesar do ataque. Inclusive de frescuras.
Ocorre que ontem à noite, convidado
por um amigo, eu fui tomar uma laranjada com mamão em um bar de shopping.
A vida vai e coloca esses acasos. O
figura veio com uma conversa de pedir minha ajuda em seus projetos, acreditando
estar diante de alguém que pudesse fazê-lo. O escopo do propósito do alucinado
é de ser milionário.
Ele quer atingir de forma
construtiva a um milhão de pessoas. Ele acredita que pode deixar um legado e
que a vida merece ser vivida de forma criativa.
Seu intento partiu depois de uma
síncope (ele me disse o nome da coisa, mas eu não guardei) que ele sofreu aqui
em São Paulo. O piripipaco fez a fera pensar na vida e entabulou a sequência
numa direção meio para lá de zen. A ideia é ir ao encontro da felicidade.
Vinte quilos a menos depois (ele
pesava, pré-sincope, três dígitos), além de um chute no balde da posição de CEO
de uma companhia que ele fundou e depois vendeu e teve que fazer a transição
para os novos proprietários, arrumou de trepar em montanhas entre outras
barbaridades alucinantes.
Escreveu um livro sobre a
experiência, que ele me deu ontem de presente (em termos, porque fui eu quem
pagou a conta da laranja com mamão).
Triturei o texto todo hoje enquanto voava para Sampa.
O livro ele abre
com uma citação de Oscar Wilde: “Viver é
a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”.
Lá pelas tantas do texto ele vem
com outra citação essa, atribuída a David Carradine, nos tempos de Gafanhoto,
da série Kung Fu: “Se não conseguir ser
poeta, torne-se a poesia”.
Pois é, no prefácio do livro, que sugere
a princípio ser um destes textos meleques de superação e autoajuda, mas que não
tem nada a ver com isso, o amigo prefaciante enuncia: “Antes que eu me esqueça, este não é exatamente um livro de viagem. É
uma história de amor”.
Tomo dele a ideia e a assemelho às
minhas, quando escalando as palavras. O dasletra quer ser essencialmente uma
história de amor à vida. E em todas as suas personas.
E, por isto:
Até breve.
NOTA: Vlad, Pretinha e Bê são meus
filhos. Ela, bem Ela é outra História.
O livro: Escalando sonhos, Gustavo Ziller, Editora tuva.
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