Escrever não é assim tão simples.
Tem suas complexidades, inclusive estruturais. Vírgulas, pontos, dois pontos,
pontos e vírgulas, reticências, exclamações e interrogações. Tem ainda
concordância, métrica, ritmo, estilo, consistência, e um carrilhão de outros saberes.
Hoje, por exemplo, assisti em vídeo
um psicanalista cunhar uma preciosidade, não sei se dele, pouco importa.
Alfabestizar.
A tecnologia computadoracional
sublinha a palavra e me pede que eu a corrija. Inclusive essa, ou será esta,
antes de sublinha.
Mas no escrever não é de palavras
que se diz. Nem de estruturas.
Exceto para normatizantes (eu sei
que tá errado), pobres professores inclusive de redação. Redigir não se
aprende, acho que é, como assim, jogar bola. É só lendo, inclusive livros, que
se bulina com as letras.
Escrever eu preferia que fosse de
um erro. Quando se toma de um olhar para algo vai logo se enviesando aquilo
para o que se olha, portanto de um erro. Escrever não pode de ter exatidão.
Se não perde e muito daquele que
alfa e beta.
Só estou fazendo este post porque
não há nada que me inspire outra coisa, nem nada, que já sempre de foi um tema
instigante para escrever uma obra inteira de mil volumes. Em papel.
Viu como escrever não pede
parâmetro? Juízo quem faz é dos doidos, os medíocres, ou encarcerados em
cadeiras que revezam imortais. Arq!!!
Tem gente que tira zero no ENEM. E
fica fora sem uni ver cidade. Claro, porque não aprendeu a escrever,
desenvolver uma ideia como princípio, meio e fim. Uma lógica, uma estética, uma
permissão do que, do como.
É como me sinto hoje de novo.
Um historiador aí, nem sei o nome,
aprontou de dizer que as tecnologias trouxeram transformações muitos mais
relevantes do que a Política. A História, especialmente os tempos
contemporâneos sofreram e sofrem mutações muito mais abruptas do que todas as
revoluções sociais já havidas.
Sobra o quê, então? Se não há
espaço para as revoluções pela via política vamos cada vez mais nos
aprofundarmos em um beco que tem no final um paredão.
Em junho de 2013 o povo foi às ruas
tresloucadamente. Talvez instigado por uma propaganda bem bolada de uma
montadora de automóveis. A ação popular foi fisgada pelo texto publicitário
conclamando para ir para as ruas.
Um dos cartazes pedia a reforma
política, como se pudesse estar ali a raiz da nossa amargura. Dois anos depois,
bilhões de reais queimados depois, inúmeros escândalos depois, a política urgiu
uma reforma, concluída hoje.
Mudanças cosméticas, pilhérias para
nós trouxas, idiotas.
E que nos torna, a cada dia que passa,
mais bestas.
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