Na quinta-feira fomos assistir à Para
Sempre Alice, que deu a Julianne Moore trinta prêmios entre eles o
Oscar de Melhor Atriz. Confesso que gostei mais do drama vivido por Kristen
Stewart no papel de Lydia uma das filhas de Alice a personagem protagonizada
por Moore. Alice descobre aos cinquenta anos de idade que padece do mal do
alemão (qual é mesmo o nome?).
Talvez porque, às vezes, acho que
meu pai legou-me mais do que o mesmo nome, eu tenha me concentrado no drama
magistralmente encenado por Stewart. Impelida pela mãe a buscar uma faculdade
que dê a filha condições mais favoráveis à sobrevivência, a jovem insiste em
procurar a carreira de atriz de teatro. Até nos filmes americanos???!!!
Ontem foi punk. Pretinha me pegou
de carro em casa às sete e meia da manhã e me deixou com Noninha na
maternidade. Hugo, irmão de Mateo (o Zeroum, lembram?), nasceu com pouco mais
de três quilos. Um bezerrão.
Penso que eu deveria fazer legenda
para dar conta dos personagens deste blog, embora a oito para completar
oitocentos posts editados, já era hora dos meus leitores saberem mais ou menos
de quem eu estou falando.
Tudo bem, recordar é viver. Hugo e
Mateo são filhos de Camila, uma sobrinha-afilhada que de vez em quando
comentava aqui e de Leandro, meu único seguidor. Se bem que João da Piti, diz
que é ele, não o pai de Hugo, mas meu seguidor. Não sabem quem é João e nem
Piti? Leiam os setecentos e noventa e um posts anteriores.
Noninha e Mateo estudam na mesma
escolinha e, pior, na mesma sala. Amor e ódio a mil. Administrei ambos aos
gritos e folia nos corredores da maternidade até que nos despedimos, eu e minha
netinha, do Hugo e fomos a outras folias.
Na portaria perguntei a um rapaz
onde poderia pegar um ônibus circular com direção à Savassi. Só que me permiti
perder e fui parar em uma pracinha. Balanços, zangaburrinhos, escorregas depois
fomos afinal esperar o circular em um ponto de embarque na Avenida do Contorno.
Noninha puxou conversa com
Terezinha, uma senhora que como nós esperava o ônibus. Quando o ônibus chegou
Noninha estava eufórica pela primeira experiência de urbanidade. Ficou atenta a
todos os meus movimentos: passar pela roleta e pagar à cobradora a passagem até
sentarmos em duas poltronas vagas.
Sete ou oito minutos depois, quando
descemos do coletivo, Noninha voltou o olhar e me pareceu que ela desembarcava
de um sonho. “Depois você me leva de
novo, vovô?”
Um jornalista disse a Eduardo
Galeano que ao ler os seus livros tinha a sensação que o uruguaio escrevia com
um olho em um microscópico e outro em um telescópico.
Depois fomos para o meu apartamento,
brincamos de massinha, dei-lhe banho, aprontei-lhe todinha já com o uniforme da
escolinha e fomos almoçar em um restaurante em frente. Depois do papa ela me
pediu um picolé, para minha surpresa de limão (ela adora uva) e voltamos para meu apartamento.
Histórias e carinhos nas costas e
nos pezinhos depois ela adormeceu para descansar um pouquinho e dar conta da
tarde na escolinha. Ela dormia ainda quando Pretinha chegou com o Valentin para que eu ficasse com ele.
Entrementes respondi a dois e-mails
a respeito de um evento que conduzirei em junho envolvendo mais de trezentos
executivos, atendi a ligações de clientes um deles pedindo que eu intercedesse
junto ao seu presidente para que fosse revisto o seu salário e outro que me
pedia a possibilidade de revisitar uma proposta de trabalho que lhe fiz há exatos
dois anos atrás. Agendei reunião de trabalho com a Superintendente de uma
entidade de representação de classe e comprei passagem para São Paulo para onde
embarco na quarta-feira, bem cedo.
Cada dia que passa gosto mais de
Tin. E para não dizer que é só dele fomos visitar Antônio. Fomos eu, Ela e Tin
à casa do Vlad e da Fá. Antônio me deixou bobo. Consegui extrair dele a
primeira gargalhada (aos quase quatro meses de idade). É fatal: você pega a
criança elevando-a acima de seus ombros e volta com ela bruscamente fungando em
uma de suas orelhas. A primeira gargalhada de Antônio para o vovô, inesquecível.
Voltamos para casa porque Ela tinha
que ir para o Consultório. Eu fiquei com o Tin. Dedeira, troca de fraldas,
chutar bola na sala, soninho até que Pretinha veio buscá-lo ali pelas quase seis
horas da tarde. À noite voltamos para a casa de Vlad e Fá para que eles
pudessem ir a um cinema ou a um teatro. Ficamos até às dez horas da noite.
Antônio deu uns chorinhos, nada que nossa experiência não administre.
Próximo da meia-noite chegamos a
Santa Luzia. Passei o dia todo pensando em Desertland.
Até breve.
LEGENDA: Savassi é um bairro da cidade onde moro.
Simples como andar de ônibus... A vida é curta. Temos mesmo que curtir os melhores momentos com aqueles que amamos.
ResponderExcluirPor falar em simples, perdoe-me pelo próximo post. Muito obrigado pelo comentário.
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