quinta-feira, 19 de março de 2015

PRO AGNÓSTICO



Tá bom, fui pessimista, radicalizei. O ente querido não está tão grave assim. Há sinais evidentes de recuperação. O Jornal O Globo elegeu como Personalidade do Ano de 2014 o juiz paranaense Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava a Jato.

A propósito, Boechat âncora do Jornal da BAND sugeriu que o Posto de Gasolina em Brasília onde forem presos os primeiros investigados, e que deu nome à operação da Polícia Federal, deveria ser tombado pelo Patrimônio Histórico.

O Ministro da Educação da Pátria Educadora foi demitido ontem por ter ido à Câmara se desculpar por ser mal educado e acabou deitando falação sobre quatrocentos ou trezentos deputados que, na opinião de Sua Excelência, “achacam” o governo na política do toma-lá-dá-cá.

Por outro lado Sérgio lembra-me Aldo, ambos Moro. Aldo Moro, jurista italiano, foi um dos responsáveis pela Operação Mãos Limpas investigação judicial de grande envergadura na Itália que visava esclarecer casos de corrupção durante a década de 1990, que implicava a Máfia, o Banco do Vaticano e a loja Maçônica P2.

Durante a Operação Mãos Limpas, 2.993 mandados de prisão foram expedidos; 6.059 pessoas foram investigadas, incluindo 872 empresários, 1.978 administradores e 438 parlamentares, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros.

A publicidade gerada pela Operação Mãos Limpas acabou por deixar na opinião pública a impressão de que a vida política e administrativa da Itália, estava mergulhada na corrupção, com o pagamento de propina para concessão de todos os contratos do governo.

A Operação Mãos Limpas levou ao fim da chamada Primeira República Italiana e ao desaparecimento de muitos partidos políticos. Alguns políticos e industriais cometeram suicídio quando os seus crimes foram descobertos.

Além do assassinato do juiz Aldo Moro em 1998, tragédia maior para a Itália viria em seguida: Berlusconi.

Tomara que a História seja mais benevolente para conosco tupiniquins e que não se faça repetir. Quando saímos da ditadura os tempos nos deixaram diante de Sarney e Collor.

Agora, depois que lavarmos nossos cancros, que não nos venham... ora, tenho até medo de citar nomes.



Até breve.

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