terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SINAIS



Mirem-se no exemplo.

Há fatos mais do que confirmados, exaustivamente trazidos à História, da participação americana no processo do golpe militar no Brasil em 1964. Analistas supõem que o mesmo se repete agora na Venezuela.

Eu, por mim, vou em outra direção.

Nossa grave decadência de governança, tanto no legislativo quando no executivo, sinaliza para tempos a cada dia mais preocupantes. Ouvi hoje gravação, disponibilizada pelo Estadão, (da conversa entre dois envolvidos) flagrada na Operação Lava-jato que me deu dores na espinha.

Toda vez que sinto dores nessa região é, para mim, um forte indício de encrenca séria à vista. Vastas emoções.

Senão vejamos:

1.    As estradas do sul, sudeste e centro-oeste por onde circula o transporte de carga mais importante do país estão abarrotadas de veículos parados em protesto contra o preço do combustível, do IPVA e do preço dos fretes;

2.   No Paraná entramos na terceira semana de greve nas escolas públicas e servidores de outras categorias, a cada dia, solidarizam com o movimento;

3. O Procurador Geral da República pede para que seja aberto publicamente o processo da Operação Lava-jato envolvendo políticos;

4. Quinta-feira próxima instaura-se a CPI com investigações que, provavelmente, contemplem o período de 1996 até os dias de hoje no Casino Retrobras. A Agência de Risco Moody´s rebaixou a empresa a grau especulativo.


5.  A previsão de inflação para o mês de fevereiro é a de que será a maior desde 2003;

6.   Marcada para dia 15 de março agenda de protestos por todo o país;

7.   Imprensa e web ávidas, como sempre, por manchetes sinistras.

Não podemos nos esquecer, no entanto e jamais, que existem inúmeros estudos, debates, de especialistas de todo tipo em diferentes épocas que têm contribuído por nos alertar de nossas querelas. Desde De Gaulle sabemos que não somos sérios.

Vozes em um deserto de mediocridades ou, como diz um dos debatedores no documentário SAÍDAS, em um terreno de manobras no qual os jogadores têm mesmo interesse que a coisa fique como está para que extraiam da situação melhores ganhos.

Ah, Venezuela, querida irmã continental, cada dia nos tornamos mais próximos...



Até breve.


2 comentários:

  1. Não sei como isso vai se resolver... Sem lei, sem agua, sem previsão de melhorias...

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    1. Delfin Neto disse certa vez que a questão é que não perdemos a solução, perdemos o problema...

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