Muita gente diz que não é verdade.
Como é muita e não todas, eu, para contrariar, acredito. Agora aqueles que
acreditam se me perguntam eu respondo que não.
Simples assim. Com isso aumento a
minha capacidade de análise. Só de ouvir os argumentos de um e outro grupo,
mesmo dos menos aparelhados, aproveito. No final, quase sempre fico em dúvida.
Melhor.
A dúvida é a mãe de todas as
ciências. A dúvida é a mãe, também, do ciúme.
Diante de tudo que é, que se duvide
e de com força. Nenhuma cerca barra.
Parece que toda enunciação
científica parte de uma HIPÓTESE, prima da dúvida, portanto. No fundo, dúvida.
Quando chega no c.q.d (como queremos
demonstrar, para quem tem dúvida) ainda deixa possibilidades no ar, senão
não haveria evolução científica.
No fundo o ciúme tem cabimento.
Esse olhar de ontem dela para aquele sujeito no bar pode ter sido carregado de
não-compreenderes, ou não? Diabos, o que ela está querendo com esse cara?
Portanto, a vida é em si, dúvida.
Nem mesmo a morte, como única certeza,
mata a dúvida. Depois que formos, fica o para onde?
E então, não há certezas? Claro que
sim. Podemos afirmar trivialidades, banalidades, obviedades sem dúvida. Agora,
no todo o resto, não.
Alguém duvida aí que vai faltar
água potável? Que ambos sabiam do que se passava na Petrobrás? Que tudo vai mudar
para ficar do mesmo jeito? Que Fidel está vivo e que não confia nos EUA?
Alguém aí tem dúvida?
Não sei, não dormi direito essa
noite. E o pior, eu não posso perguntar para ela se ela conhecia aquele rapaz. Mesmo
que eu pergunte e ela garanta de pés juntos, ajoelhada sobre o milho, com
lágrimas nos olhos, terço na mão e véu na cabeça...
Sempre tem uma sacanagem aí.
Num tenha dúvida.
Até breve.
Só sei que Não duvido de nada...
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