sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CHEQUEMATE



Teve uma moça aí que foi aproveitada por um pai que teria surrupiado uns tantos destes tantos que circulam aí no submundo da economia real, essa que já é muito maior do que as limpas, transacionadas pelos meros contribuintes. Junta tudo procevê se não dá.

O valor era de R$500.000,00 para serem pagos por um banco aí.

Um empregado do banco emitiu um cheque administrativo de R$500.000.000,00 e o cheque foi entregue a tal moça que foi aproveitada por um pai que teria surrupiado uns tantos destes tantos que circulam aí no submundo da economia real, essa que já é muito maior do que as limpas, transacionadas pelos meros contribuintes. Junta tudo procevê se não dá.

O que são mais 500 mi se a cifra que circula é de bi. Entre mi e bi, ficam com os Bi.

Deu o maior enrosco e a coisa foi parar nas barbas (ou serão barras?) da justiça e a moça devolveu o cheque à casa de crédito (olalá!) sob a condição de receber o outro no valor exato da propina que lhe cabia já que foi aproveitada por um pai que teria surrupiado uns tantos destes tantos que circulam aí no submundo da economia real, essa que já é muito maior do que as limpas, transacionadas pelos meros contribuintes. Junta tudo procevê se não dá.

Já disseram que a crise nossa é de Ética, num sei, prefiro ir direto ao ponto.

A nossa falta é de pai.

Ontem jantei com um empresário que aos berros me disse que não suporta mais seus parceiros falarem de seus objetivos: grana, cada vez mais grana.

- Um deles aí, que eu conheço bem, janta em um restaurante do Leblon, e fala para quem quiser ouvir que ele ainda será o homem mais rico do mundo. O cara tem um filho louco, assassino confesso em acidente de trânsito. Se eu fosse filho desse peste eu ou teria matado esse pai ou sumiria mudando até o meu sobrenome.

Voltando ao cheque: todo pai falta e quando falta deixa lacunas profundas, algumas insustentáveis e de desfecho dramático sobre seus filhos.

Nosso grande mal está muito mais próximo de cada um de nós do que gostaríamos. A questão da Lei, fosse eu psicanalista não teria dificuldade em compreender, reside na ausência paterna.

Todos ao divã, então?

O caráter não se forja em análise.


Até breve.


Matéria em: CHEQUE

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