sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

FODS



O Conselho Editorial deste blog resolveu por bem afastar, sine die, o nosso Editor de Política Nacional. Entendemos que o nosso colega acabou por carregar muito nas tintas na redação dos últimos posts.

O cara ficou insano.

Ele nos deixou com grunhidos estranhos e disse que voltará a qualquer momento para surrealizar ainda mais a cena da puslítica, na fala dele, nacional.

Coube-nos, então, a reunião de pauta. O que trazer aos nossos assíduos e eventuais leitores? Uns colaboradores foram favoráveis para que se desse espaço ao contista para que ele trouxesse um de seus contos sem pé e nem cabeça nos quais a gente entra e sai não entendendo lhufas. Um MY4747, por exemplo, agora, ninguém merece.

Chamar o avô babão para ele choramingar suas derradeiras verves, debruçando-se sobre os seus queridos netinhos, talvez. Tem gente na redação que acha que a senilidade é mesmo uma merda.

Sabem a última de Noninha? Ah, não sabem? Pois eu conto porque é a coisa mais importante que está acontecendo nessa porraqui.

Ela pegou um livro e, folheando aleatoriamente as páginas, se pôs a contar uma história para Val, Valdirene, a auxiliar de Pretinha nos afazeres domésticos. Passados alguns minutos, Noninha levantou o olhar para Val e:

- O que você achou desse livro, Val?

Quando Val ia iniciar a sua abalizada avaliação, Noninha começou a bater palminhas e, aos gritinhos:

- Muito bem!!! Muito bem!!!

Na redação alguns chegam às lágrimas ao ver a euforia do avô, embora considerem lamentável a insistência dele de que haja alguma transcendência nessas historinhas cotidianas.

O que pode dar mais acesso ao blog, contudo, é nosso cronista social e suas páginas policiais, talvez comentando as atividades do atual serial killer de plantão. Esse amador aí que iria matar 36 e matando somente seis acabou sendo preso. Esse, coitado, nem ficará marcado para as páginas da história, já que foi muito breve, pelo menos até aqui o seu feito. Depois, também, por ter matado seres inomináveis.

Quisemos saber do nosso cronista das páginas vermelhas o motivo pelo qual está ocorrendo uma predileção por decapitação. “Efeitos perversos da globalização, meu caro”, comentou um de nossos estagiários.

Melhor dar espaço para a folha ilustrada de celebridades. Noticiar que as coxas hidrogenadas da modelo estão praticamente curadas e que ela poderá, quem sabe, concorrer por uma milionária vaga de DESTAQUE na avenida no próximo carnaval. “A fama, às vezes, enche. Esse negócio de bombar a beleza tem limites, queridinha.” Teria dito uma de suas desafetas concorrentes.

Exauridos pela tarefa de pautar o post do dia os editores clamaram por convocar o horóscopo. Deu:

“Algumas mudanças se tornaram necessárias, pois, em nome do progresso que você tanto almeja e que continuamente vê protelado, você precisa aceitar que seu caminho precisa de inovações, de atitudes criativas.”

Ufa! Um dia fecham este veículo marron.




Até breve.

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