O Conselho Editorial deste blog
resolveu por bem afastar, sine die, o
nosso Editor de Política Nacional. Entendemos que o nosso colega acabou por
carregar muito nas tintas na redação dos últimos posts.
O cara ficou insano.
Ele nos deixou com grunhidos
estranhos e disse que voltará a qualquer momento para surrealizar ainda mais a
cena da puslítica, na fala dele,
nacional.
Coube-nos, então, a reunião de
pauta. O que trazer aos nossos assíduos e eventuais leitores? Uns colaboradores
foram favoráveis para que se desse espaço ao contista para que ele trouxesse um
de seus contos sem pé e nem cabeça nos quais a gente entra e sai não entendendo
lhufas. Um MY4747, por exemplo, agora, ninguém merece.
Chamar o avô babão para ele
choramingar suas derradeiras verves, debruçando-se sobre os seus queridos
netinhos, talvez. Tem gente na redação que acha que a senilidade é mesmo uma
merda.
Sabem a última de Noninha? Ah, não
sabem? Pois eu conto porque é a coisa mais importante que está acontecendo nessa
porraqui.
Ela pegou um livro e, folheando
aleatoriamente as páginas, se pôs a contar
uma história para Val, Valdirene, a auxiliar de Pretinha nos afazeres
domésticos. Passados alguns minutos, Noninha levantou o olhar para Val e:
- O que você achou desse livro, Val?
Quando Val ia iniciar a sua
abalizada avaliação, Noninha começou
a bater palminhas e, aos gritinhos:
- Muito bem!!! Muito bem!!!
Na redação alguns chegam às
lágrimas ao ver a euforia do avô, embora considerem lamentável a insistência
dele de que haja alguma transcendência nessas historinhas cotidianas.
O que pode dar mais acesso ao blog,
contudo, é nosso cronista social e suas páginas policiais, talvez comentando as
atividades do atual serial killer de
plantão. Esse amador aí que iria matar 36 e matando somente seis acabou sendo
preso. Esse, coitado, nem ficará marcado para as páginas da história, já que
foi muito breve, pelo menos até aqui o seu feito. Depois, também, por ter
matado seres inomináveis.
Quisemos saber do nosso cronista
das páginas vermelhas o motivo pelo qual está ocorrendo uma predileção por
decapitação. “Efeitos perversos da
globalização, meu caro”, comentou um de nossos estagiários.
Melhor dar espaço para a folha
ilustrada de celebridades. Noticiar que as coxas hidrogenadas da modelo estão
praticamente curadas e que ela poderá, quem sabe, concorrer por uma milionária
vaga de DESTAQUE na avenida no próximo carnaval. “A fama, às vezes, enche. Esse negócio de bombar a beleza tem limites,
queridinha.” Teria dito uma de suas desafetas concorrentes.
Exauridos pela tarefa de pautar o
post do dia os editores clamaram por convocar o horóscopo. Deu:
“Algumas mudanças se tornaram necessárias, pois, em nome do progresso que
você tanto almeja e que continuamente vê protelado, você precisa aceitar que
seu caminho precisa de inovações, de atitudes criativas.”
Ufa! Um dia fecham este veículo
marron.
Até breve.
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