Não, eu não penso isso não.
Prá mim é totalmente diferente do
que andam dizendo. Primeiro porque hoje ninguém pode dizer que algo seja,
assim, concluído. Depois porque, se você for verdadeiro consigo mesmo, até você
próprio não é do jeito que você se propõe.
Sempre num dá.
E num dá por duas razões: a
primeira, porque o decurso das coisas acaba movimentando circunstâncias que
desencadeiam imprevistos e a segunda porque no caminhar das horas sempre pinta
outras possibilidades.
Eu chutaria o balde. O pau da
barraca.
Houve uma época que era bom de ter
juízo, por causa das contas. Agora, no limiar da inimputabilidade senil, ligar
o esadof (*) pode ser uma. No geral, ouço muita
asneira que é, de pronto, tudo aquilo que eu não entendo ou por aquilo que não
tenho o menor interesse.
O mundo ficou muito largo e plano.
Não há barreiras de espécie alguma. Num turbilhão de liberdades não sobra prá
ninguém ter endereçamentos. Em qualquer campo.
Se bem que não é bem assim também
não. Vejam os ortodoxos enquadrados em direita e esquerda, azules e vermelhos.
Eu hein? Taí uma coisa que me dá canseira e me força a entrar em alfa zapeando
meu álbum de fotos no IPhone.
Bom mesmo é ser light, lilás que é
uma posição meio radical. Tem gente que não gosta e insiste para que você
afinal se manifeste. Qualé a sua, seu
merda? Assim de tão putos e inseguros.
É muito perigoso pensar.
Vai que um monte de questões comece
a serem entabuladas e fazendo algum sentido. O sujeito até acredita que tenha a
ver. O recolhimento absoluto é imediato, porque prá veicular qualquer novo tá
meio sem chance. Já que tudo é muito novidade.
Façamos o seguinte, então: comece.
No princípio aleatoriamente, seja
no campo do Real ou do Suprareal, que já será Surreal. Depois escolha um campo
onde possa manobrar com desenvoltura a prática. No familiar, por exemplo, é o
mais penoso, porque a turma grita.
No social é de menos, já que entre
conhecidos menos íntimos qualquer cara tá valendo. Ninguém tá muito aí prá
verdades puras. Qualquer superficialidade de contato mescla, rola, vale.
Com os amigos é que é mais bravo.
Porque você poderá perdê-los se entrar numa de se posicionar, inclusive em
relação a eles. O campo tá muito sutil. Qualquer criticazinha vira
vulnerabilidades. “Por que você está
falando isto? E agora?”
Num sei, vai em frente. Eu tô quase
conseguindo. Sei que vou perder uns pelo caminho. Tem um, há mais tempo, que
abandonei geral. Pretinha mesmo me dizia: “Como
você consegue ser amigo de fulano, num tem nada a ver contigo, pai”...
Não, eu não penso isso não.
Prá mim é totalmente diferente do
que andam dizendo. Primeiro porque hoje ninguém pode dizer que algo seja,
assim, concluído. Depois porque, se você for verdadeiro consigo mesmo, até você
próprio não é do jeito que você se propõe.
Sempre num dá.
E num dá por duas razões: a
primeira, porque o decurso das coisas acaba movimentando circunstâncias que
desencadeiam imprevistos e a segunda porque no caminhar das horas sempre pinta
outras possibilidades.
Eu chutaria o balde. O pau da barraca.
Até breve.
(*) esadof: palavra
supostamente russa, para aportuguesá-la deve ser lida da direita para a
esquerda.
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