quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

CAIS



“Pelo amor de Deus chega de pessimismo. Afinal está começando um tempo novo!!!”

Tá bem, então vamos lá.

Para quê contamos o tempo? Para que nomeamos janeiro, março, abril, dia 14, sexta-feira, 2014? Apenas por uma razão: para termos a esperança de que o tempo poderá ser diferente e para melhor à frente.

Ter a lógica do tempo é, fundamentalmente, acreditar ser possível outro amanhã. A utopia de viver cada dia em direção aos sonhos e projetos idealizados e perseguidos com determinação.

Viver com os olhos postos adiante só faz sentido se for em direção a algo que nos é caro, importante, necessário, desejado e principalmente que nos remeta à abstrata felicidade.

- “Onde é?” Perguntaria Noninha com uma pronúncia doce que me enche o coração de alegria.

Onde está a felicidade que nutre a perspectiva?

Sempre, penso, na crença de que estou construindo o que melhor posso, agradecendo a cada dia por estar vivo e relativamente lúcido, buscando a crítica como contribuição à reflexão, a indignação como combustível ao Humano.

A felicidade se encontra na colheita que resulta de filhos dignos. A felicidade se encontra em netos sadios e que procuram o meu colo, por afeto.

A felicidade é um porto sem amarras para que se vá e se volte, reexperimentando-o.

A felicidade está logo ali, ao alcance da mão.

Simples, assim.

Agradeço a todos que estiveram aqui junto comigo. Tolerando-me pelas minhas idiossincrasias, meus maus estares, minhas queixas, minha modesta arte de contar tolas estórias.

Agradeço e desejo a cada um que abriu a tela em mim que encontre o caminho do porto feliz e que tenha inúmeras razões para voltar a ele e sempre.

Feliz tempo novo e que a colheita seja pródiga.


Até breve. 

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