“Pelo amor de Deus chega de pessimismo. Afinal está começando um tempo
novo!!!”
Tá bem, então vamos lá.
Para quê contamos o tempo? Para que
nomeamos janeiro, março, abril, dia 14, sexta-feira, 2014? Apenas por uma
razão: para termos a esperança de que o tempo poderá ser diferente e para
melhor à frente.
Ter a lógica do tempo é,
fundamentalmente, acreditar ser possível outro amanhã. A utopia de viver cada
dia em direção aos sonhos e projetos idealizados e perseguidos com
determinação.
Viver com os olhos postos adiante
só faz sentido se for em direção a algo que nos é caro, importante, necessário,
desejado e principalmente que nos remeta à abstrata felicidade.
- “Onde é?” Perguntaria Noninha com uma pronúncia doce que me enche o
coração de alegria.
Onde está a felicidade que nutre a
perspectiva?
Sempre, penso, na crença de que
estou construindo o que melhor posso, agradecendo a cada dia por estar vivo e
relativamente lúcido, buscando a crítica como contribuição à reflexão, a
indignação como combustível ao Humano.
A felicidade se encontra na
colheita que resulta de filhos dignos. A felicidade se encontra em netos sadios
e que procuram o meu colo, por afeto.
A felicidade é um porto sem amarras
para que se vá e se volte, reexperimentando-o.
A felicidade está logo ali, ao
alcance da mão.
Simples, assim.
Agradeço a todos que estiveram aqui
junto comigo. Tolerando-me pelas minhas idiossincrasias, meus maus estares,
minhas queixas, minha modesta arte de contar tolas estórias.
Agradeço e desejo a cada um que
abriu a tela em mim que encontre o caminho do porto feliz e que tenha inúmeras
razões para voltar a ele e sempre.
Feliz tempo novo e que a colheita
seja pródiga.
Até breve.