Claro que eu não me preocupo com as
estatísticas de acesso ao blog. Isto é de somenos importância. Se os gráficos
apontarem traço eu ainda assim continuarei escrevendo os meus posts. Se, no
entanto, apontarem uma tendência de queda para abaixo de zero, portanto
implicando na retirada da web de alguns, aí que eu me dedicarei para
escrevê-los.
Só que eu continuo sem receber
retorno de meus leitores que residem fora do Brasil e isto me angustia
profundamente. Porque não são poucos, o número é expressivo, podem acreditar. E
de muitos lugares ao redor do mundo.
Será que porque eu teria dito que
caso algum desses se manifestasse eu tenha me proposto a visitá-lo, podendo inclusive
hospedar-me em sua casa? Tudo bem, eu retiro o que disse: vou com a família
toda junto, menos o Vlad que Fá recebe o Antônio agorinha em dezembro.
Chato, às pampas, este silêncio.
A LAVA JATO levou à JUIZO FINAL. É
assim que está sendo chamada a operação que prendeu os executivos das empresas
consideradas corruptoras no processo do Petrolão.
“Ninguém sabe onde isto vai dar.” Comentou alguém lá de dentro do
Planalto. Difícil de prever mesmo, algo que envolva tantos deputados e
senadores de renome e história na República além de acionistas e executivos de
algumas das maiores empresas do país.
A Presidenta volta do G20 com
discurso pronto. Lançará o slogan já utilizado na Itália, na época de Aldo Moro:
Mãos
Limpas. E definirá o nome do Ministro da Fazenda acreditando que com
isto pacificará os ânimos. Só que não está fácil. Para Lula, quando ele estava
na oposição havia mais de trinta economistas interessados e capazes de discutir
o Brasil. “Hoje deve ter no máximo uns
três”, declarou o co-presidente.
O que é fácil de prever é o Brasil.
Enquanto os mandatários institucionais voltam-se para suas questões gabinéticas,
seus conchavos partidários demodês e vazios, a elite assiste a tudo com
moderada preocupação.
O povo, esse Ser e Personagem
blumbástico, e não me perguntem o que vem a ser blumbástico porque eu também
não sei, está mais preocupado em tocar a vidinha que já não é brincadeira.
Outro dia lembrei-me de uma
expressão que foi pichada nos muros e edifícios na época da ditadura: Está
tudo certo, mas está esquisito. Fosse hoje os pichadores revoltosos
pichariam: Está tudo errado e está explícito.
A gente nunca soube o que fazer
exatamente tanto em uma época quanto na outra. Quando da ditadura, as coisas
aconteciam, eram camufladas e só nutriam o medo. Agora, na democratura, as
coisas acontecem, evidentes e repetitivas e só nutrem a desesperança.
Ter as mãos limpas não basta, é
preciso saber o quê fazer com elas. Os políticos e a elite, face à Juizo Final,
talvez não tenham outra chance.
A Hora é propícia.
Até breve.
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