Depois do post de ontem fica difícil
dizer qualquer coisa. Mesmo quando não se tem preocupação com o que pensam do
que escrevo. Agora que ficou difícil postar ficou, até mesmo um conto, um
poema, uma ficção qualquer.
Será verdade ou uma deslavada
mentira?
Enviei mensagem via WhatsApp para
diletos amigos pedindo para que lessem o post e, especialmente de uma amiga
recebi como resposta um texto emblemático. A mensagem que enviei foi: “Leia, por favor, o post de hoje. Abraço.
Agulhô”. A resposta que recebi foi: “Tenho
lido todos. Verdade!!!”
Acho que vou me arrepender de ter
escrito ATENÇÃO.
Desde que retornei de viagem tenho
me dedicado a acompanhar o processo eleitoral. Assisti praticamente a, se não a
maioria, mas a boa parte dos programas televisivos de ambos os candidatos. Assisti
a todos os debates e li diferentes articulistas de tendências contrárias. Com
interesse e isenção, buscando entender as razões de um e de outro candidato em
suas abordagens e tentando fazer uma assepsia da competente e delicada performance
dos marqueteiros.
Confesso que gravitei entre três
posições: não votar, votar nulo ou votar em um dos candidatos. Ops, é possível
mais alguma? E conclui que as razões que me levaram a optar pelo voto em um dos
candidatos são as mesmas que me inclinavam a anular o voto ou mesmo não
comparecer à Seção Eleitoral.
Por que não votarei em Dilma?
Por duas razões: primeiro porque
ela, assim como seu mentor, se omite vergonhosamente na questão dos saques ao
erário e a segunda, não menos importante, porque para ela há que se fazer um governo
privilegiando as questões sociais.
Olho Dilma e olho o seu mentor e
não consigo vê-los como artífices da bandalha, nem mesmo suponho que soma da
partilha vá para os bolsos da ex-revolucionária ou para os bolsos do
ex-sindicalista. A questão para mim, não é apenas se são corruptos. A questão crucial
me parece, é que, enquanto ocupantes do maior posto de autoridade da República,
a única atitude que não poderiam se furtar era e é, exatamente, a enérgica ação
para em tempo breve exigir a apuração dos fatos e, de forma exemplar, cobrar do
Poder Judiciário a mesma atitude. Deriva desta omissão parte de nossa endêmica
deformação de caráter.
A perspectiva de forte apelo
popular de que o governo Dilma será orientado aos menos favorecidos é uma
tolice sem medida, já que o país hoje, pela sua magnitude geográfica, pelas
suas extensas e imensas riquezas inclusive as naturais, por tudo o que somos,
nos constituímos como peça importante no desenho da geopolítica internacional.
A opção populista é hoje um equívoco demoníaco com graves consequências para o
futuro do país. O Brasil pode, deve e terá que pensar e agir como um grande
parceiro internacional, fazendo alianças e viabilizando contratos de
intercâmbios culturais, econômicos, tecnológicos e científicos com as maiores
nações do Planeta.
Continuar trabalhando sobre os
efeitos (pobreza, violência e todas as mazelas propagadas em campanha) é perder
a grande chance histórica de ir às causas. Falta sim ao país uma Liderança
altiva, competente, capaz de construir um plano de emergência que dê conta das
questões domésticas, mas que, sobretudo, seja capaz de ir ao mundo e buscar
parceiros solidários para que, restaurando a confiança em nossas instituições,
estejam dispostos a trazer investimentos que alavanquem o gigante dopado
durante tantos anos.
Aécio propõe isto e, se não o
conseguir, pelo menos toca naquilo que me parece ser o nervo da questão
essencial: como o país se organizará para fazer face ao futuro que já está às
nossas portas?
Os recursos para fazer frente ao
projeto de uma nova Nação são vultosos, muito maiores dos que nossas reservas
atuais e eventualmente aquelas que com o maior esforço conseguirmos amealhar.
Vamos precisar de crédito externo e só o obteremos com demonstração de
competência e honradez no cumprimento de contratos.
O povo não precisa temer pela
extinção do Bolsa-Família, o povo precisa conscientizar-se da força
extraordinária que temos enquanto país, sempre e quando tivermos a chance de
sermos governados por estadistas e não por cidadãos supostamente orientados por
um discurso que, na essência, só o avilta.
Domingo voto em Aécio. Caso ele
vença as eleições a história cobrará se são verdadeiros ou mentirosos os seus propósitos.
Caso ele perca ou se forem falsos os seus compromissos, não sei se teremos nova
chance.
O mundo não nos esperará por mais
uma década.
Até breve.
Também pelos nossos netos.
ResponderExcluirTereza
Como sua amiga tb leio todos,mas este foi esclarecedor.Já votaria no Aécio,.mas agora depois deste post , estou convicta que, no momento,é o melhor.
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