Pois é.
Há muita queixa de que as questões
estão chegando prontas à moda googleana.
Vai-se ao médico para contradizê-lo no diagnóstico. Não há duvidas, mas
infinitas certezas.
A explicitação acoberta apenas os
porquês e os destinos e aí é que mora a chance. Tudo verga ao óbvio da extensão
do supostamente conhecido. Em qualquer campo sabe-se e não é pouco. Um click
só, agiganta.
Se mora aí a chance, mora também o
perigo. Vai que nesse emaranhado surge. Fazer o quê? Às vezes também com quem,
já que todo mundo é deste mundo?
Não sei se outrora foi assim, desse
turbilhão, acho que não. Antes tinham as correntes, escolas do pensamento aonde
se hospedar. Recebia-se na identidade o sufixo da escola. Tipo: ista ou ano, ou
seja, marxista, leninista, freudiano, assim.
Jabor disse ontem no Roda Viva que,
consultado um amigo filósofo francês sobre qual a corrente que está rolando,
recebeu como resposta: “Num tem. Tá todo mundo deprê!”
Também não é para tanto, acho que é
assim. Assim como? Pergunte-se.
Viver foi pensado no erro já que é
para frente, no não andado. E quem busca andar busca angústia da grossa até nos
micros do cotidiano. Eu, de mim, por exemplo, não compreendo nem mesmo as
estações do clima. Toda hora tem um agasalho no verão, um guarda-chuva no
inverno, um florir e um reflorir das mangas, jabuticabas, assim sem menos nem porquês fora de “época”.
Então o tempo, esse obscuro, perdeu
calibragem e amordaçamentos e, o pior, corre mais rápido do que o sempre.
À frente aí tá chegando um novo
ponto que a gente, todos, sabemos que chega. Alguns têm certo que há de haver
algo para além dele, tipo eterna.
Eu acho muito.
Assim, fico:
Até breve.
NOTA: Amanhã embarco para uma
viagem de 26 dias à Asia. De lá, pontuo.
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