quarta-feira, 10 de setembro de 2014

QUALÉ



“A paixão é uma das perfeições disponíveis para experimentares, é um dos raros momentos em que espontaneamente ofereces tudo de ti sem nada poupares, sem fazeres planos nem te movimentares de acordo com estratégias para satisfazer segundas e terceiras intenções. Apaixonar-te é, metaforicamente, perderes a cabeça, não te importares em ter ou não razão, te esquecer de competires para ganhar terreno e conquistar adversários; apaixonar-te é, na prática, um ato de rendição, no qual não te importa que façam de ti o que quiserem fazer. Porém, e como um paradoxo interessante, quando te apaixonas e apesar da rendição, não há qualquer sinal de fragilidade em ti, pelo contrário, sentes claramente a energia divina circular através de ti, em ti, sem ti e te integras ao colossal corpo cósmico da Vida.” (Oscar Quiroga)

É que eu estou com uma tchurma de afins que vem tramando um encontro com outros afins para levarmos um papo, tipo cabeça, para refletir sobre o conjunto de novas realidades e, se for o caso, ver qual é.

Gente boa que tem preocupação e ocupação com o que está rolando e como tocar o barco adiante e, se for o caso, nos levar junto como contribuidores e até contribuintes.

Nos próprios encontros da tchurma para tramar a coisa, em algumas reuniões, tememos muito não encontrar adeptos para algo aberto, sem objetividade, sem propósito conhecido e sairmos da empreita frustrados e menos ricos, já que rolará uns trocados na partida custeados por nós da tchurma. Achamos que o convite tinha que contemplar uma janta e em local bacana.

Rolou uma química legal e resolvemos enfrentar a onça. Estamos na fase de convidar os incautos. Eu mesmo fiz contato com alguns e, para surpresa minha, toparam.

Ontem fiz uma compra com cartão de crédito e, antes mesmo de eu receber o produto, ouvi o sinal de mensagem da administradora do cartão no meu celular. Ninguém suportará tanta instantaneidade por muito mais tempo.

Saudosismo um catso! Eu fiquei pensando que houve um tempo que as relações se estabeleciam entre pessoas. Você dava um tanto, a pessoa elaborava o valor e, se fosse o caso, lhe dava um troco.

Que organizações estamos construindo?

Pesquisa, divulgada esta semana, realizada com a participação de mais de quinhentas empresas que operam no Brasil, nos dá conta de que a principal causa da perda de produtividade resulta, para mais de oitenta por cento dos entrevistados, na incompatibilidade da vida pessoal e profissional.

Traduzindo melhor, as pessoas não gostam do que andam fazendo.  

A tchurma de afins milita a trocentos anos no ambiente organizacional e quer fazer, sim, fazer, alguma coisa que signifique nem que seja prá sua própria vida.

Pura paixão.



Até breve.

3 comentários:

  1. Fazer ou nao fazer, o que fazer e como fazer, para quem fazer e por que fazer.

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  2. As vezes penso que só conseguimos nos expressar pela narrativa da palavra contando histórias com começo, meio e fim. Esquecemos da capacidade de sentir. As vezes não há nada para entender e ser dito !
    Lizete

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