segunda-feira, 8 de setembro de 2014

CHULISSE



Recebi recriminações por força dos meus últimos posts: uso abusivo de termos chulos, temática imprópria e outros seremelens.

Fazer o quê?

Corrupção e Política são gêmeas siamesas. Não só aqui, é bom que se diga. Aqui, de forma mais explícita, pornográfica face ao primitivismo, ingenuidade e pancadisse de nós, os brasileiros.

Veja você o dispositivo legal da delação premiada. Se você disser a verdade receberá como bônus uma pena menor. O cara pensa: eu estou preso mesmo, então dane-se todo mundo e eu vou é espalhar caca por todos os lados.

O diretor da companhia estatal mandou ver nos depoimentos feitos, e depois criptografados, à Polícia Federal. Citou nomes dos comparsas, entre eles dos nossos mandatários do Legislativo e outros deputados e senadores expressivos da República. Três governadores, um deles o ex de Pernambuco, falecido em acidente aéreo.

Nem nisso vê-se inovação. Todos estamos enojados de saber que o Casino Brazil - assim mesmo com Z dada a extensão internacional - está aberto há muitos e muitos séculos e toda hora que surge um ou outro caso de estouro da banca fazem parecer inédito e relevante.

Na linha dos que me recriminaram pelos meus posts trepados, tudo imoralidade pura, deveríamos esconder de vez os fatos e aceitar que os bandidos locupletem-se, façam suas orgias no federal, no estadual, no municipal, na associação de bairros e que a imprensa e ninguém mais publique, divulgue, comente sobre o feito.

Será mesmo melhor assim, porque continuaremos com a convicção de que o poder é, em si, corrupto e corruptor, e que é utópica e ilusória a intenção de alguém lutar para modificar está máxima.

Hoje, andando pela, rua me deparei com um fusca estacionado tipo mil novecentos e setenta e poucos, todo distruído (assim mesmo com i para dar uma ideia do estado do veículo). No vidro lateral um adesivo:

“E se começássemos tudo de novo sem a roda e o fogo?”

Na linha do que verdadeiramente interessa e para seguir os princípios e primórdios que sustentam a linha editorial deste quase notório veículo de manifestação solitária e, ainda, por pura falta de criatividade fecho este post com o de sempre: meus netos.

Considerem, por favor, a atenção do Valentin à história de Noninha. É mais ou menos assim que me vejo assistindo noticiários.




Até breve.

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