Recebi recriminações por força dos
meus últimos posts: uso abusivo de termos chulos, temática imprópria e outros
seremelens.
Fazer o quê?
Corrupção e Política são gêmeas
siamesas. Não só aqui, é bom que se diga. Aqui, de forma mais explícita,
pornográfica face ao primitivismo, ingenuidade e pancadisse de nós, os
brasileiros.
Veja você o dispositivo legal da delação
premiada. Se você disser a verdade receberá como bônus uma pena menor. O cara
pensa: eu estou preso mesmo, então dane-se todo mundo e eu vou é espalhar caca
por todos os lados.
O diretor da companhia estatal
mandou ver nos depoimentos feitos, e depois criptografados, à Polícia Federal.
Citou nomes dos comparsas, entre eles dos nossos mandatários do Legislativo e
outros deputados e senadores expressivos da República. Três governadores, um
deles o ex de Pernambuco, falecido em acidente aéreo.
Nem nisso vê-se inovação. Todos
estamos enojados de saber que o Casino Brazil - assim mesmo com Z dada a
extensão internacional - está aberto há muitos e muitos séculos e toda hora que
surge um ou outro caso de estouro da banca fazem parecer inédito e relevante.
Na linha dos que me recriminaram
pelos meus posts trepados, tudo imoralidade pura, deveríamos esconder de vez os
fatos e aceitar que os bandidos locupletem-se, façam suas orgias no federal, no
estadual, no municipal, na associação de bairros e que a imprensa e ninguém
mais publique, divulgue, comente sobre o feito.
Será mesmo melhor assim, porque
continuaremos com a convicção de que o poder é, em si, corrupto e corruptor, e
que é utópica e ilusória a intenção de alguém lutar para modificar está máxima.
Hoje, andando pela, rua me deparei
com um fusca estacionado tipo mil novecentos e setenta e poucos, todo distruído
(assim mesmo com i para dar uma ideia do estado do veículo). No vidro lateral um
adesivo:
“E se começássemos tudo de novo sem
a roda e o fogo?”
Na linha do que verdadeiramente
interessa e para seguir os princípios e primórdios que sustentam a linha
editorial deste quase notório veículo de manifestação solitária e, ainda, por pura
falta de criatividade fecho este post com o de sempre: meus netos.
Considerem, por favor, a atenção do
Valentin à história de Noninha. É mais ou menos assim que me vejo assistindo
noticiários.
Até breve.
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