“Booommm Diiiiaaaa, Vietnã!!!!”
Concluí a leitura do livro de
Cristiane Correa, Sonho Grande(*). Nele a competente jornalista descreve o que
foi considerado um marco do capitalismo brasileiro, que serviu – e serve – de inspiração
até hoje para diversas empresas.
Trata-se da ação de três banqueiros
brasileiros que deram a sua primeira tacada na economia real em 1982, com a
compra da Lojas Americanas. Menos de uma década depois, em 1989, foi a vez da
cervejaria Brahma.
Em seguida arquitetaram a maior
fusão que o Brasil havia visto até então, da Brahma com a Antarctica, criando a
Ambev; a internacionalização que deu origem à InBev e, por fim, a tão sonhada
compra da Anheuser-Busch, criando a AB InBev, a maior cervejaria do mundo.
Nos últimos anos, ainda se tornaram
donos de outros dois ícones americanos: a rede mundial de lanchonetes Burger
King, presente em quase oitenta países, e a marca de alimentos Heinz.
Simbólico um trecho do livro quando
a jornalista descreve uma passagem de um dos protagonistas. Ele e seu
companheiro de pescaria navegavam pela América Central quando o empresário
começou a sentir um incômodo na região do abdômen. O mal foi diagnosticado por
um médico nos Estados Unidos. O banqueiro tinha uma doença rara, porfíria, que consiste em uma espécie de
envenenamento progressivo do sangue.
Lendo a Revista Cult (nº 193 deste
mês) deparei-me com um poema, prá mim definitivo, do poeta e psicanalista paulista
Lu Tomé.
A Sociedade pode estar, mas os
poetas não estão mortos.
Há suspeitas de que, no caso
do ator, depois de crises de alcoolismo e depressão, tenha sido suicídio.
Até breve.
(*) Sonho grande / Cristiane Correa; Rio de Janeiro: Sextante, 2013.
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