“O avanço acontece a despeito de seu desânimo. Veja como são as coisas,
unindo a inteligência e o desânimo, sua mente se atreve a fazer previsões
catastróficas. Porém, na prática os fatos desdizem essa antecipação.
Enquanto perdes tempo fazendo perguntas tolas tua alma enxerga o objetivo
com clareza. Pois bem! Agora te levanta e vai nessa direção, ninguém há de
trilhar por ti o caminho que Tu sabes que deves trilhar com teu próprio esforço
e empenho. Essas perguntas que fazes são tolas porque através delas convidas
outras pessoas a testemunhar teus esforços de trilhar o caminho e, enquanto
assim fazes, te dispersas e não sais do lugar. Chega de perguntas! Só o
silêncio será boa companhia. Muitos já trilharam esse caminho e passaram pelo
mesmo aperto de precisar silenciar essa miríade de vozes tolas que grita no
interior em direções discordantes e simultâneas. O mundo saberá quem Tu és
pelos teus feitos e não pelas tuas palavras nem tampouco pelas perguntas que
faças. Agora vai! É a tua hora!”
Qualquer hora dessa eu paro de ler
horóscopos ou passo a escolher aqueles que melhor convierem. Se bem que sempre
foi assim.
Hoje os astros pegaram pesado. Ou
não? É verdade que há desânimo e muito maior que inteligência para fazer minhas
previsões. Catastróficas? Não acho.
Por outro lado se minha alma
desenha algum objetivo, mesmo com desânimo, é pelas perguntas que sempre tive
coragem de me fazer. E, o que é mais interessante, poucas das respostas
orientaram de fato meu caminho.
Sou sujeito de perguntas. Lilás em
mim não há silêncios rigorosamente por isto. Pergunto todo o tempo, a tanto que
uma das hipóteses para o insistente zumbido no ouvido esquerdo, que me
acompanha há anos, deve derivar de quantas perguntas eu o tenho prenhado.
O blog é essencialmente dispersão e
tolice, claro e jamais roteiro para qualquer decisão. Inclusive minha.
Recentemente me perguntaram se eu continuava com o blog. Sabe que eu tive
dúvidas.
Seriam as vozes tolas que gritam no
meu interior em direções discordantes e simultâneas? As vozes que eu escuto,
por que eu escuto mesmo vozes, as seleciono rigorosa e cuidadosamente.
E eu tô lá querendo que o mundo
saiba dos meus feitos, se meus defeitos são minhas palavras, minhas malditas
perguntas derivadas de vozes interiores que me assolam o espírito conturbado e
inquieto.
Esse post derivou geral. Será por
isto que Noninha, às vezes, me chama de “Vovô doidinho”?
Agora tá na minha hora.
Até breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário