Fiquei pensando hoje quão impressionante
é o futebol para nós brasileiros. Não sei se há no planeta um país que se una
em torno de uma de suas manifestações culturais, esportivas, ou outras quaisquer.
O Brasil se vestiu de amarelo,
verde, azul e branco para torcer pela vitória contra a Alemanha e seguir na
competição e disputar a final da Copa do Mundo.
Em torno da mídia criamos a ilusão
de que seria possível, mesmo com nossa pouca experiência, sem nosso melhor
talento, passar pela extraordinária equipe alemã, há seis anos sendo treinada
para tornar-se tetra.
Não só o jogo de hoje deveria estar
nas manchetes como um vexame, humilhação ou desastre. O nosso time não jogou à
altura de sua tradição nenhuma das partidas que disputou, nem mesmo aquela que
venceu por dois a um a Colômbia.
Além de não termos jogado, ou,
sobretudo, a Alemanha deu uma aula de futebol especialmente no primeiro tempo
em que liquidou a partida com cinco gols.
O que faremos agora com a nossa
forjada alegria?
Memes, anedotas, pilhérias e a vida
segue. Nada nos abate, nem de sete.
Torcer para Holanda? É uma equipe
que jamais ganhou uma Copa do Mundo e quando chegou a uma final perdeu
exatamente para a Alemanha. Está na hora de uma revanche para a Holanda fazendo
com que a Alemanha não se aproxime de nosso penta?
E a Argentina se se sagrar tri
dentro do Maracanã?
Eu fico aqui com um misto de
tristeza pelos meninos especialmente David Luiz e Bernard, e uma admiração pelo
excepcional futebol jogado pela Alemanha.
O fato é que fomos longe demais e a
acachapante derrota deve servir para que os responsáveis pelo futebol façam uma
profunda reflexão sobre o porvir. Chile,
Costa Rica, Nigéria, Bélgica e Argélia deixaram a competição com méritos muito
mais expressivos.
Agora, eleições. Qualquer
semelhança será mera coincidência.
Ah, Brasil!
Até breve.
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