Convém mesmo que a FIFA torça,
roendo unhas, para que o Brasil siga na Copa. Esta Copa sem o Brasil é uma Copa
chocha.
Além de chocha tornar-se-ia
perigosa. Vai que do choro passe às manifestações contra o preço da alface, da couve,
da prestação do Minha Casa, Minha Vida. Ou do reajuste do Bolsa Família, para
que afinal se defina no primeiro turno as eleições.
A Copa tem que ser no pior das
hipóteses, portanto, com a final entre Brasil e qualquer Argentina da vida, mas
nunca sem nosso país no ápice.
Talvez por isto também se comente
tanto que a Copa foi comprada. Acho besteira pensar em algo como isto, basta
ver o jogo contra o Chile, ou então não combinaram com nossos Picchus. Ou eles
são umas fortes traíras, ou pagamos muito caro para colocar as traves onde
estavam.
Pela frente vem aí um Cuadrado e um
James, fuçadores e perigosos. Felipão pode ir de três beques, psicóloga e
mãozinha na santa da Granja. Só Hino Nacional também não ganha jogo, nem
estímulo emocional.
Paralelamente a turma do funil tá
concluindo conchavos: quem vai comigo de Vice, você prá Senador, toca ali no
fulano, blinda ciclano e vamo atrás da grana que são R$500 milhas só para os
três da ponta. Isto divulgado, porque no de fato deve de ser bem mais.
Por agora estamos comemorando os
vinte anos de Real, que nós saímos do processo alucinatório patrocinado pelo
dragão da inflação. Nós temos até meta de variação de preços, nossa ilusão
passou a ser outra: que se governa o mercado.
Como se se pudesse mesmo gerir as
partidas entre 32 times de tal sorte que no final um deles, definido como meta,
vencesse a competição. No mercado, assim como nas quatro linhas acontecem fatos
imponderáveis e imprevisíveis, como os cinco da Holanda na Espanha ou mesmo a
classificação da Costa Rica no grupo da morte.
Assim também como vai dar Dilma se
o Brasil ganhar é outra tolice ou vai dar outro se o Brasil perder. A Copa
termina em julho e as eleições são em outubro. No Brasil nada dura mais do que
uma semana e nós voltamos à nossa vidinha.
Por agora então é apostar no Real,
ou seja, batalhar para colocar mais bolas no gol do adversário do que ele no
nosso. É fácil, durante os noventa minutos ou mesmo com mais trinta é só jogar
o que sabemos.
Driblar o adverso sempre foi nosso
traço mais agudo, vamo tirar de letra. Inclusive nas eleições.
Tô pagando prá ver.
Até breve.
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