Estou sozinho na varanda da pousada
de onde avisto ao longo do pátio interno as espreguiçadeiras sob quiosques
cobertos por palha e iluminados por luz indireta. Logo ali a uns oitenta cem
metros debruçam-se as ondas de um mar de água morna e azul.
A frente da pousada, na cheia, a maré
encobre a formação de blocos de corais e na baixa formam-se inúmeras piscinas
naturais habitadas por peixes pequenos de variadas cores. A água sem contato
com rios próximos é clara, transparente o que permitiu Noninha gritar a todo o
momento: “Peixe!!! Vovô... Peixe!!!”
Ela e Noninha já adormeceram. O dia
foi de inúmeros mergulhos além da visita ao Projeto Tamar, com mãozinha sobre
tubarões e carinhos em filhotes de tartarugas recém saídos de seus ovos.
Dois ou três telefonemas de
clientes com seus assuntos inadiáveis, dois ou três e-mails improrrogáveis. No
mais ócio intenso com aplicação em tempo integral as duas das três mulheres
mais importantes de minha vida.
Em situações semelhantes volto de
costas para o mundo e sequer vejo os noticiários da TV, vicio que tenho quando
urbano.
Aqui, no entanto e agora, entrei na
web tardiamente para ler meu horóscopo. Todos sabem que não saio de casa sem
lê-lo todos os dias, antes mesmo de escovar os dentes.
“A gratidão é essencial, pois essa atitude abre os olhos para as pequenas
coisas que acontecem todos os dias e que têm o poder de elevar seu ânimo e
sustentá-lo para que você cumpra a parte que lhe toca no tabuleiro da vida”.
Tudo começou em 04 de abril de
1969. Se lerem posts anteriores publicados no mesmo dia e mês, compreenderão.
Né?
Até breve.
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