quinta-feira, 3 de abril de 2014

CONEXÃO


Originalmente este post foi publicado com o título Escala. Ocorre que é política deste blog não repetir títulos. Assim passou a ser CONEXÃO por ser também a idéia que havia me ocorrido para o título, mas eu não conseguia lembrar a danada da palavra. 

A promessa que está posta é a de ir, em uma quinta-feira, para a lua. E de balão. Num deu, ainda. É que ultimamente as coisas andam muito agitadas para o meu lado e eu não pude me organizar para uma viagem deste porte. Ademais o clima não está favorável céus afora até a Lua. Mesmo de balão.

Considero recomendável também aguardar algum tempo mais para que Valentin possa ir junto, claro com todas as medidas de segurança para que alguém desgostosa não o arremesse céu abaixo.

De qualquer forma embarcamos hoje (uma quinta-feira), de avião, Ela, eu e Noninha para Salvador e de lá de automóvel para a Praia do Forte. Por acaso, sim juro, por acaso, Pousada Porto da Lua.

Chegamos à tarde e fizemos nossos primeiros averiguamentos. Água do mar quentinha, pousada vazia com dois ou três casais de hermanos prá lá dos cinquentão e um casal brasiliense com duas filhinhas, uma de nove e outra de três. Listo e perfecto.

É que está em questão se os avós têm mesmo que usufruir de netos ou, de outra banda, se se cabe à eles o desconforto de suportarem em idade avançada esses pirralhos chorosos. Eu, por mim, dou de ombros às duas conjecturas.

Tô curtindo cada instante da minha avôzisse até porque Noninha veio de encomenda; minha netinha retribui na exata medida de minha carência. Doidice, seremeleques senis, caduquice? Eu num tô nem aí.

Já à tardinha Noninha repetia, quando perguntada como faz o mar: “Vem e volta... Vem e volta... Vem e volta...” balançando o bracinho como querendo reproduzir o movimento das ondas.

Noninha está saindo de uma gripe enjoada e, para amplificar o desconforto, está nascendo mais um dentinho o que a faz ficar extremamente incomodada. Para nós sobra redobrar a paciência.

Episódios como este não deveriam merecer post.

Vá á outros então mais interessantes. Noninha sempre representará para mim muito mais do que uma netinha, ela sempre colocará em questão o que de fato faz diferença ao longo de toda uma vida.

Hoje no porto para a Lua, aqui na varanda sofrendo da brisa e do barulho vem-e-volta das ondas do mar, sinto um gosto de quero mais. Viver tem uma imensa razão de ser.

Fiz Noninha adormecer na rede, exausta pelo dia de inúmeras novidades. Amanhã vamos visitar jubartes e tartarugas. 

Não é uma Lua, mas quase.



Até breve.

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