Hoje:
A Rússia e a Crimeia assinaram
nesta terça-feira, 18, um tratado de anexação da península ucraniana à
Federação Russa. Em discurso no Parlamento, o presidente Vladimir Putin afirmou
que a região sempre foi e sempre será parte de seu país. Ele disse não temer as
sanções ocidentais a Moscou e prometeu defender os interesses da Rússia na
região.
No discurso, Putin afirmou que o
referendo de domingo estava de acordo com as leis internacionais e respalda o
direito de autodeterminação do povo da Crimeia e lembrou do caso do Kosovo,
cuja separação da Sérvia foi apoiada por países ocidentais. Segundo o
presidente russo, uma vez anexada à Rússia, a Crimeia respeitará os direitos
das três etnias que vivem na região: tártaros, ucranianos e russos.
"Na Crimeia estão tumbas de
soldados russos. A cidade de Sebastopol é a pátria da nossa frota do Mar
Negro", disse em meio a aplausos. "Falam de intervenção, mas não me lembro
de ao longo da história um só caso de intervenção sem um único disparo e sem
vítimas."
A Ucrânia respondeu imediatamente e
seu Ministério das Relações Exteriores declarou que não reconhece a anexação da
Crimeia à Federação Russa. A UE também disse que "não reconhece nem
reconhecerá" a anexação. "A UE não reconhece nem reconhecerá a
anexação da Crimeia à Federação Russa", afirmaram em um comunicado
conjunto os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do
Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
A mobilização da Rússia aumenta a
pressão sobre os EUA para convencer os aliados da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan) de que não vão ficar de braços cruzados. Em reuniões na
capital polonesa e, posteriormente, na capital da Lituânia, Vilnius, Biden
(Vice-Presidente dos EUA) discutirá a crise com os líderes da Estônia, Lituânia
e Letônia - três nações bálticas que estão profundamente preocupadas com o que
a intervenção militar russa na Crimeia pode significar para a região. Os três
países fazem fronteira com a Rússia, além da Polônia.
O ministro britânico das Relações
Exteriores, William Hague, disse que Putin "escolheu o caminho do
isolamento" ao anunciar a anexação da Crimeia. Em pronunciamento na Câmara
dos Comuns, Hague reiterou que o referendo realizado domingo é "claramente
ilegal" sob a Constituição ucraniana.
O ministro acrescentou que a
consulta foi "uma farsa" e "uma zombaria da prática
democrática" e anunciou que a Grã-Bretanha suspenderá a colaboração
militar e suas licenças de exportação à Rússia de equipamentos que possam ser
utilizados para aumentar o conflito na Ucrânia.
"Eu condeno essa
decisão", afirmou o Presidente da França François Hollande, em comunicado
divulgado hoje. "A França não reconhece os resultados do referendo
realizado na Crimeia ou a anexação dessa região ucraniana à Rússia.”
Hoje:
Enquanto os cães ladram a minha
vida passa. A mim importa o primeiro sorriso de meu netinho. Importa-me que
caminhos seguirão estes pés. O que fará com estas mãos. Espero que os canalhas
que conduzem a macropolítica nos permitam seguir com a nossa paz e a nossa
esperança em tempos melhores.
Até breve.
Obs.: Escrevi ontem este post. Infelizmente não consegui posta-lo por razões técnicas. Estou no interior do Espírito Santo em um local que a web é à carvão.
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