“Se você tivesse acreditado na
minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que eu insisto em
dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas nunca desacreditei na
seriedade da plateia que sorria.”
Esta fala de Charles Chaplin passou
a ser, para mim, uma referência depois que a recebi impressa em um pequeno
pedaço de papel (que mantenho afixado no meu laptop) das mãos de um jovem que
havia acabado de ouvir uma de minhas palestras.
Minha vida sempre foi regida pela
emoção peixiniana.
Lilás, a propósito, o horoscopo de
hoje contempla:
“Quando as palavras ficarem curtas para explicar tudo que acontece com
você, então terá chegado a hora de manifestar suas emoções sem pudor nem temor
de perder a pose. Emoções costumam ser perturbadoras, mas libertadoras também.”
Resolvi sair do armário e me
liberar geral. Sou doravante uma libélula esvoaçante, colorida, sensualizada e,
sobretudo livre. Aviadei-me? Não e se tivesse sido, o cu é meu (pelo menos
quando sóbrio, sem álcoois nas veias) e faço dele qualquer coisa além de
expelir meus desnecessários.
Resolvi colocar meus anos, não
anus, para além das telas frias de um computador. Depois de muito resistir
resolvi publicar, afinal, em livro minhas produções. Começarei com os posts
aqui editados, alguns deles, naturalmente.
Digo começar porque quero voltar a
Estocolmo onde estive como turista, ilustre anônimo. Aos noventa anos de idade, quero
voltar lá para receber o Prêmio Nobel de Literatura, a única categoria entregue
naquela cidade. Vou de roupas as mais coloridas que forem possíveis. Pousada da
libélula, intento de um sujeito que passou a vida sonhando inscrever-se.
Já que é prá sonhar e liberar-se,
que sonhe-se Tudo. Como já disse, o cu é meu.
Vamos devagar, foi assim com Tom
Jobin. Belo dia, jovem, ele estava compondo e errava sistematicamente alguns
acordes no piano. Até que, contrariado, esbravejou: “Se eu continuar errando assim, como poderei um dia cantar com o
Frank.” Ele se referia à Frank Sinatra, a voz do Século XX, com quem anos
mais tarde Jobin fez no Carnie Hall de Nova York um dos mais lindos, comoventes
e antológicos duetos da música internacional de todos os tempos passados,
presente e futuros.
Meu sangue chega a doer nas veias.
No próximo dia 08 de maio
comemorarei três anos de blog, provavelmente chegando a marca da publicação de
600 posts. Vou escolher, dentre eles, cem que mais me fizeram rir, chorar,
indignar-me, fuçar-me e os publicarei em livro cujo título provisório será: POSTS
À PROVA.
Só que não gostaria de escolher
sozinho. Peço a você leitor que me ajude na tarefa. Pince aqueles que você
julgar que mereceriam traduzir-me em livro e envie-me a relação dos títulos dos
posts. Se conseguir lembrar-se de cem que lhe tocaram de alguma maneira seria
ótimo. Se se lembrar de um pelo menos, ou dez, envie-me também, por favor, via
e-mail agulhojr@gmail.com.
Vladimir, o meu filho mais velho,
principal responsável por eu ter me tornado libélula, me disse hoje quando lhe
comuniquei minha intenção de publicar os posts em livro, que estará tentando
fazer algum sistema para facilitar ao leitor a tarefa da escolha. Enquanto ele
não conclui o programa mande por e-mail mesmo.
Vladimir, aqui às vezes Lé (que foi
batizado por Pretinha) ou Vlad, fará o Prefácio e o Posfácio ficará ao encargo
de alguém que não posso ainda declinar o nome, mas é o meu único seguidor
inscrito como tal no dasletra.
Espero ansioso a relação de vocês e
prometo que os primeiros 100 leitores que enviarem sua escolha receberão, em
casa, um exemplar do livro devidamente autografado com dedicatória exclusiva
por aquele que daqui a vinte e oito anos tornar-se-á libélula em plena
Estocolmo.
As despesas com a publicação do
livro e da postagem aos agraciados correrão integralmente por conta do Lé,
porque ninguém lhe mandou dar-me um empurrão.
Aguardo sua escolha e
antecipadamente agradeço.
Até breve.
dificil demais da conta ...não reli nem procurei ...deixei ser pega pelo o que primeiro veio na minha memória ...aquele que vc conversa com Valentim - DESUSO - lizete
ResponderExcluirLiz, num prisisava correr não, ô Caicó! Você vai receber uma edição especial do livro e já está convidada para Oslo. Eu pago todas as despesas.
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