Ando muito preocupado com meus posts.
Não é possível que meu olhar ocupe-se somente
do trágico, afinal a Vida não se resume a horrores. Há no Real algo de que
todos nos comprazemos. Palavra danada, através da qual quis dizer que há também
prazer nas atualidades.
Senão, vejamos. E eu não vou à minha
intimidade porque vivo um momento importante de ganhos e expressivos da Vida.
Inúmeras descobertas em todos os campos do
conhecimento humano têm ocorrido e trazido à saúde, ao entretenimento, ao
trabalho, às artes, à engenharia, à química, à física, enfim descobertas que se
proliferam exponencialmente "melhorando" a operação da Vida.
As facilidades de acesso às informações têm
ampliado em muito as possibilidades, a um número cada vez maior de pessoas ao
desenvolvimento, proliferando ainda mais as condições favoráveis para o viver.
As liberdades são mais francas, amplas, em
diferentes aspectos da vida social. Os poucos tabus que ainda pairam não são
determinantes para fazer temer, como no passado, a existência.
O Estado, ainda que por suas excrescências
nos irrite e envergonhe, não conseguirá mais se constituir como totalitário.
As relações de afeto são menos encanadas dos
que já foram e os vínculos, embora mais tênues, sugerem melhor aceitação entre
as partes. Senão, dissolvem-se. Há, no popular, um jargão que explicita isto: "A fila anda".
Acho que estou influenciado pela leitura de
NU, DE BOTAS, delicioso relato de sua infância que escreveu Antônio Prata
(Companhia das Letras). Leio o livro fazendo minha interpretação do título: Nu,
desvestido dos rigores de tudo que é institucional e de botas, como quando na
infância, todos os heróis usavam botas.
Assim, se olharmos na perspectiva destas
lentes poderemos concluir que afinal as coisas não estão tão críticas como eu
mesmo tenho apontado em alguns posts.
Basta fazer como Noninha em sua santa
ingenuidade.
Até breve.
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