Eu não preciso muito estímulo para me
desestimular. Sexta-feira, à noite saí meio que mais prá baixo do que (pense
aí) do aniversário de um amigo.
Gente de calibre, nas esferas em
que estão fazendo as trapaças, não aquela que concorre a Oscar, de graça e com
detalhes me passou versões (para não dizer fatos, porque já não existem) que me
deixaram embrugalhado.
Não fosse a infecção intestinal
contraída no último domingo que me deixou zemisdérmico, eu ficaria bem pior.
É claro que não vou narrá-las aqui,
porque soarão deja vu, este blog já
dá náuseas de tanto falar no assunto, então não vou sequer citar qualquer uma
das tramóias da república federal guestápica, ribaramense, lodórnica e, para
usar uma expressão de Laterza, aquele amigo filósofo, morfética.
Meu, fudeu.
Um dos caras que me cantaram
pedras, disse que quem tá dentro num tem como pular fora e a coisa só tende a
evoluir. Principalmente por força de tudo que já é antigo, mas a cada quatro
anos cresce exponencialmente.
Dizem que vai rolar lei anticorrupção.
Dessas que empresa que financiar campanha tomará multa da Receita Federal de
20% do faturamento anual bruto na constatação do delito sem julgamento nem nada.
Pá!
Mais nóis parece bobo, manenão. Vem
de longe nossa capacidade da burla. Dom João VI, nosso mestre, deixou muito de
inventivo. A gente trameia e dispois travessa as lei.
Cequevê: “Depois de mais de nove anos, dois acusados de participar da chacina de
cinco trabalhadores sem-terra em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, foram
condenados na madrugada desta sexta-feira, 24, a penas que, juntas, somam 205
anos de prisão. Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de
Souza foram condenados por um júri popular a 102 anos e seis meses de prisão
cada um por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, mas vão poder
aguardar o recurso em liberdade”. (Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO,24.01.2014)
Um Conselho de Sentença, depois de
nove anos do crime, dezenas de milhares de páginas de processo, inquestionáveis
provas e testemunhas, três dias de julgamento aberto ao público, deliberam a
pena e os criminosos saem para a rua leves e soltos.
Voltando aos amigos do aniversário,
que são fontes mais do que fidedignas, desapaixonados e apartidários, prá eles
a coisa está mesmo preocupante. O Brasil, à frente, encontrará algumas
dificuldades importantes.
Não acredito. Não deveremos ter
problema algum. As coisas continuaram funcionando ordeira, pacifica e nosso
progresso no futuro está assegurado.
O mais é crítica descabida e sem
fundamentadilidades crosnômicas globais textíveis do cenário transdológico face
à sustentabilidade dos enunciamentos das melhores cadeiras suprenômicas.
Atré beve.
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