terça-feira, 3 de dezembro de 2013

TRILHO



Fiquei pensando quão é universal, de todos, o que penso. É por este desejo megalomaníaco (entre outros) que tenho de que, o que escrevo, atinja de fato para além de eu mesmo.

Se já comigo eu falei, porque trazer à outrem? Ficasse então com meus poréns, meus contudos, meus todavias. Mas não, eu vou e acho que mais alguém além deve de estar cuidando do que eu estou maquinando com meus botões e teclados.

Além de pretensioso é meio autoritário (meio é ótimo) acreditar que o que escrevo alcance um e outro para que pense aquilo e como estou pensando.

Sim, porque se alguém leu e não passou a pensar como eu, para que escrevi? Para ser contrariado, ridicularizado, vaiado, o diabo? Não pode ser.

Eu escrevi para ser aceito e seguido, como apóstolos de uma ideia, de uma conduta, de um princípio, de uma ideologia. Eu escrevi para dizer o caminho, a verdade, a vida.

Como eu tem uns tantos. Todos míopes, vendidos, limitados ou tendenciosos. É preciso ter-se cuidado com que se lê e, por consequência, seguir.

Então faço de imediato um princípio dogmático a todos os que me leem e, por consequência, me seguem: não leiam e não sigam a mais ninguém.

Interessante, é mais ou menos assim que se fez a História.

Ou não?

Ocorre que, de pronto, decretar-se-á, o fim da Psicanálise.

Não haverá interior à refletir.




Até breve.

2 comentários: