quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ESCALA



Talvez tenha sido o mais longo período que fiquei sem vir à post. As razões não justificam a ausência e sequer as explicam.

Postar, para mim, não é uma obrigação, mas também não é um deleite. Por mais intimista e particular que seja o dasletra, sinto-me compromissado com aquele que me acessa, especialmente com regularidade.

Saí do Brasil por seis dias e procurei não me ocupar de nada, exceto aquilo que me levou ao México, Punta Mita, um paraíso ecológico do Pacífico.

Distante sete quilômetros do continente, meia hora de lancha a 300 cavalos de potência, está a Ilha Marieta Patrimônio Ecológico da Humanidade, preservado por Lei Federal desde 2005 pelo governo do México.

Baleias que migram do Alaska anualmente para o acasalamento e tartarugas que eclodem de ovos na praia, cardumes multicoloridos de peixes que se aproximam de nós como se nos dessem boas vindas. Tudo é de uma beleza exuberante, selvagem e, sobretudo, inusitada.

Afastei-me do mundo literal e objetivamente.

As águas revoltas do Pacífico no retorno ao ancoradouro do hotel me deixaram em estado de profundo distanciamento e reflexão.

Saídas como esta, diante deste tudo, são fundamentais para recuperar o senso de insignificância. Ao deparar na praia com dezenas de filhotes de tartarugas ou de imensas baleias que transitavam pelo oceano, me vi grão.

No retorno para o Brasil encontrei dificuldades com os voos. Nosso roteiro de viagem contemplava escala no aeroporto de Dallas, fechado por problemas climáticos.

Milhares de pessoas foram afetadas. Frisson geral além do que já é comum em aeroportos pelo mundo. A realidade voltou a me convidar.

Lá nas águas do Pacífico ou pelas areias, a vida plena segue seu curso.

IMENSA.





Até breve. 

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