Talvez tenha sido o mais longo
período que fiquei sem vir à post. As razões não justificam a ausência e sequer
as explicam.
Postar, para mim, não é uma
obrigação, mas também não é um deleite. Por mais intimista e particular que
seja o dasletra, sinto-me compromissado com aquele
que me acessa, especialmente com regularidade.
Saí do Brasil por seis dias e
procurei não me ocupar de nada, exceto aquilo que me levou ao México, Punta
Mita, um paraíso ecológico do Pacífico.
Distante sete quilômetros do
continente, meia hora de lancha a 300 cavalos de potência, está a Ilha Marieta
Patrimônio Ecológico da Humanidade, preservado por Lei Federal desde 2005 pelo
governo do México.
Baleias que migram do Alaska anualmente
para o acasalamento e tartarugas que eclodem de ovos na praia, cardumes
multicoloridos de peixes que se aproximam de nós como se nos dessem boas
vindas. Tudo é de uma beleza exuberante, selvagem e, sobretudo, inusitada.
Afastei-me do mundo literal e
objetivamente.
As águas revoltas do Pacífico no
retorno ao ancoradouro do hotel me deixaram em estado de profundo
distanciamento e reflexão.
Saídas como esta, diante deste tudo,
são fundamentais para recuperar o senso de insignificância. Ao deparar na praia
com dezenas de filhotes de tartarugas ou de imensas baleias que transitavam
pelo oceano, me vi grão.
No retorno para o Brasil encontrei
dificuldades com os voos. Nosso roteiro de viagem contemplava escala no
aeroporto de Dallas, fechado por problemas climáticos.
Milhares de pessoas foram afetadas.
Frisson geral além do que já é comum em aeroportos pelo mundo. A realidade voltou
a me convidar.
Lá nas águas do Pacífico ou pelas
areias, a vida plena segue seu curso.
IMENSA.
Até breve.
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