Para aqueles que não entenderam
nada, explico melhor.
A História sempre se fez pela via
autoritária. Observe. Tudo bem que quem bateu de frente contribuiu para minorar
os efeitos, mas ela segue o seu curso. Holocaustos anexos, Vietnans, Saravejos,
agora Sírias e outros tantos. Daqui a pouco, Filipinas.
No plano da Cultura e das artes
idem, idem, com a mesma data. Especialmente nos modernos pela maquinação brutal
midiática. Então quem move o tempo são os bárbaros de autoridade.
Pois é, penso que sim.
A resistência, talvez, é que dá um
contorno de serumano. No máximo. A
História contraria, desde os clássicos, a racionalidade suposta da Besta. Quem
governa, em todos os campos, pode. E o Poder tem muito pouco daquilo que se
idealiza lá nos corações dos que resistem.
No raso, o pau come e solto.
Inclusive no grande e no pequeno extrato. Do Estado instituído, com suas barbáries
e discursos vis, à mesa de barzinho, quando o que se fala e se debate é o vazio
do tempo presente.
O que produzi em TRILHO e em NIUDÊIS tem a ver
com a modernidade, com o contemporâneo. A vida presente, toda ela, está descoberta, no
amplo sentido. Nenhum mistério ronda e, talvez por conta, não há angústia de
ser. Se dói é de bolso, de griffe, de lugar no grau. No máximo, um ciumizinho
aqui, um ódiozinho ali, nada que compras não contemporize.
A fila anda.
A vida está descoberta porque tudo
é midiatizado, mesmo no pequeno evento, que qualquer aparelhozinho de merda
filma com som e imagem de acesso compartilhado instantâneo e global.
Sacou? Ou quer mais?
Tudo bem, vá lá. Estou tentando
dizer dos afetos, dos amores todos, dos sentimentos pueris, dos romances, dos
ideais, das utopias, do sonho de liberdade compartilhada. Estou tentando perguntar:
para onde foram os seres?
Estou embarcando hoje para Punta
Minta, no México. Eu deveria estar mesmo com uma alegria de conquista por tudo
que essa Vida me privilegia. Não se trata de bipolaridade.
A questão é que não me emendo e
vivo também da angústia pelo que observo.
No mais, minha Psicanálise, faço
eu.
Até breve.
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