quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ENTÃO



Antes eu pegava uma caneta e a coisa fluía sobre o papel. Tem dado um zebreu na cachola que me deixa sem desdobramentos.

De verdade é que, talvez, haja um esgotamento do autor. Não é tão fácil debruçar a cada dois dias sobre algo que arrebate. Inclusive aos outros.

Ou, talvez, não haja algo de novo sobre o seu olhar que mereça contato e consideramentos.

Ou, ainda, cessou mesmo a verve.

Seja por que razão for cabe reparamentos. Próximo de 500 posts é natural que eu me pergunte novamente da presteza desse trem. Onde ele nos leva? Eu há pelo menos. Claro porque me depenei aqui, até nos íntimos das particularidades.

Mas e os outros que me acessam, inclusive os clandestinos às centenas, aos milhares em Américas, Letônias, Chinas e outros cantos afora do meu conhecimento?


De pronto, eu digo. Mesmo universal, o ser de um, sempre serve de referenciamentos. Ou não. Inclusive pelo viés do desacordo. Do tipo: como pode alguém com alguma vivência gastar seu tempo com fragilâncias?

Daí que vem o enrosco. Só se abre em letra quem é mesmo descarado. Que perdeu a compostura e se coloca de frente aos dizeres. Ao longo da história muita gente pagou e recebeu por isto.

Eu, de mim, não pago nada. O blog não custa e não espero receber nada. O que é uma mentira deslavada.


Escrever é tarefa solitária diante do infinito.



Até breve.

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