Antes eu pegava uma caneta e a
coisa fluía sobre o papel. Tem dado um zebreu na cachola que me deixa sem
desdobramentos.
De verdade é que, talvez, haja um
esgotamento do autor. Não é tão fácil debruçar a cada dois dias sobre algo que
arrebate. Inclusive aos outros.
Ou, talvez, não haja algo de novo
sobre o seu olhar que mereça contato e consideramentos.
Ou, ainda, cessou mesmo a verve.
Seja por que razão for cabe
reparamentos. Próximo de 500 posts é natural que eu me pergunte novamente da
presteza desse trem. Onde ele nos leva? Eu há pelo menos. Claro porque me
depenei aqui, até nos íntimos das particularidades.
Mas e os outros que me acessam,
inclusive os clandestinos às centenas, aos milhares em Américas, Letônias,
Chinas e outros cantos afora do meu conhecimento?
De pronto, eu digo. Mesmo universal, o ser de um, sempre serve de referenciamentos. Ou não. Inclusive pelo viés do
desacordo. Do tipo: como pode alguém com alguma vivência gastar seu tempo com
fragilâncias?
Daí que vem o enrosco. Só se abre
em letra quem é mesmo descarado. Que perdeu a compostura e se coloca de frente
aos dizeres. Ao longo da história muita gente pagou e recebeu por isto.
Eu, de mim, não pago nada. O blog
não custa e não espero receber nada. O que é uma mentira deslavada.
Escrever é tarefa solitária diante
do infinito.
Até breve.
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