domingo, 22 de setembro de 2013

LOOPING



Sempre achei errada a crítica que todos fazemos aos políticos. Não fomos nós mesmos que os colocamos lá? Ou os colocamos lá porque não temos coragem de nos olhar no espelho e nos autocriticarmos?

O outro nos é sempre útil, também por isto.

No fundo todos nós somos de caráter duvidoso, levianos, desonestos, aéticos. Sempre buscamos direitos, vantagens, privilégios e abominamos deveres.

Somos escória.

Então, quando escolhemos alguém que nos represente não pode ser surpresa que nos escolhemos nele.

Só que, embora eu ache que estejamos sendo levianos, hipócritas e vis, estamos também sendo muito burros, na medida em que, aqueles que elegemos estão nos fazendo de tolos ou idiotas, como queiram.

Sendo assim, proponho que para as próximas eleições nós procuremos, entre nós, um figura que seja minimamente honesto, sério, de conduta ilibada e competente.

Tá, eu sei que não deve existir com todas estas características, mas procurando com cuidado quem sabe a gente ache?

Se bem que, não sei se vale a pena um correto no poder. Vai que ele comece a por as manguinhas prá fora, arrume uma corriola de outros honestildos e comece a fazer a esbórnia de afastar tudo quanto é bandalha.

Já pensaram? Vai que o correto comece a desenvolver a prática de responsabilidade com a coisa pública, colocando na cadeia réus julgados pelos tribunais.

Vai que ele crie e aplique uma administração transparente, que fiscalize as origens e os destinos das arrecadações.

Vai que o figura cumpra e faça cumprir as leis.

Não, melhor não, ninguém suportaria. Nas próximas eleições vamos continuar com nossos embargos infringentes.

É melhor.



Até breve.


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