Recebi uma sugestão, agora mais contundente, de que eu deveria
selecionar alguns dos posts editados e construir um texto que poderia se
converter em um livro a ser publicado.
Eu construiria uma certa cronologia, lógica narrativa, catalogaria
aqueles que têm convergência ou temas correlatos. Enfim, organizaria de tal
sorte a compor a coletânea como uma obra única.
Já tenho o título: Lizções.
O único problema, até não é o financeiro, já que hoje não fica muito
caro o custo gráfico. Acho que também não seria a distribuição. Posso disputar
espaço comercial com vendedores de panos de chão, malabares e assemelhados nas
paradas de semáforos luminosos. A venda direta seria mais segura, sem
intermediários que reduziria a centavos os meus direitos e eu acabaria um
escritor com livro publicado, porém endividado.
Quanto à minha imagem pública, não temo. Pode até ser uma ação de
marketing que viria a agregar valor ao processo de comercialização. Eu teria
ainda o benefício de ter um contato direto
com o cidadão beneficiente ou mesmo leitor desavisado.
Enfim, produzir, editar e ficar livre dos exemplares não me parece
problema. Vou então iniciar a tarefa? Até porque me disseram também que em
papel as obras têm mais longevidade, permanecem anos a fio em prateleiras
acompanhadas de poucos ou muitos livros que adormecem esperando que sejam lidas.
Tem um peso concreto, distinto do virtual, que para alguns é um meio
inacessível ou muito chato para serem apreciadas. Alguns outros preferem o
cheiro das folhas de papel, apreciam a capa, gostam de tê-las na estante.
Usam também para servirem de base para a colocação de laptops, IPad,
calços de utensílios domésticos
vários. Já presenciei outros usos, não muito recomendáveis como, por exemplo,
em brigas de casais quando um arremessa sobre o outro, exemplares em profusão.
Imagino parte do diálogo:
- Vá se embora desta casa e não deixe de levar contigo Lizções!!!
Infeliz!
Não, eu não quero ser para ninguém um fardo. Eu prefiro que seja:
- Fique amor, vamos continuar dividindo nosso computador. Eu deixo que
você, uma vez por semana, acesse aquelas bobagens que você anda lendo...
Até breve.
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