Um feijãozinho cresce em Pretinha.
Noninha fez um aninho. Pitti espera. Qualquer hora, também, a alegria vai bater
em outro endereço. Nossa vida alcança transtornos e mudança de hábitos,
agendas, costumes, compromissos, relações.
O ciclo da vida continua como vimos
em Oslo.
Ocorre que hoje dia 06 de agosto de
1945 uma bomba caiu no Japão matando cento e cinquenta mil pessoas em minuto.
Hoje, porém, 06 de agosto de 2013, sessenta e oito anos depois há sim uma
tensão calada em nome de fanatismo e posse nuclear.
Melhor não lembrar e nem falar
sobre isto. Mesmo estando ainda com as imagens presentes do Memorial da Guerra
Pátria e as gotas de cristais do Salão de Lágrimas. Mesmo tendo presente
pesquisa realizada por consórcio de universidades americanas e europeias de que
o primeiro temor que move as pessoas consultadas em 165 países seja a potencialidade
de uma nova hecatombe nuclear.
Melhor não falar sobre isto.
Noninha ontem na minha presença e
de Claudinho deu sozinha dois ou três passos. Impossível para eu imaginar o que
significa isto para ela. Quando ela percebeu o feito sentou-se e continuou
entretida com duas conchinhas que tinha, uma em cada mão, que provavelmente
fizeram com que ela se esquecesse do perigo de andar.
Ontem fui a duas lojas de
brinquedos e me interessei por um fogãozinho, um armário de cozinha, um armário
de quarto e uma geladeira, todos feitos em produto reciclável e com coraçõezinhos
rosa. A cara de Noninha.
Estamos decorando a casinha do
sítio. Provavelmente vamos colocar uma prateleira sobre o fogãozinho de onde
penderá conchas, coleres de pau, escumadeiras e outros utensílios. Faltam olhar
ainda uma mesinha, cadeiras e já consultamos sobre um sofazinho destes que
vendem em lojas Pet.
Noninha seguramente olhará para
aquilo e preferirá coisas mais óbvias como uma pedrinha qualquer, um trenzinho
qualquer, já que a própria fábrica de brinquedos sinaliza que aqueles
moveizinhos servem a crianças com mais de três anos.
A vida urge, então.
Ontem também me deparei com um
poema de Cláudia Roquete Pinto publicado na Revista Cult (edição 181):
“...
Quando o mundo ainda era nítido
- e tudo se quedava oferto,
explícito –
a solidez das coisas me enredava,
Mas fui confundindo o fio
Com a meada
E agora o panorama é um tanto pífio.
Agora não há brilho que me cegue.
Nem mesmo minha sombra me persegue
se todo passo dá no precipício.”
Melhor mesmo é ver Noninha com seu
macacãozinho de balões, para nossa viagem à Lua.
Até breve.
Não esqueça de colocar um tablet na casinha , wifi, , substitua o fogãozinho por microondinhas, maquininha de lavar e secar pratinhos,
ResponderExcluirbjos, liz
Lembra não, sô!!!
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