Papai Noel vive aqui na Lapônia a
830 quilômetros de distância da capital da Finlândia, Helsingue, cidade em que
desembarcamos ontem pela manhã do navio Seija Serenade vindo de Estocolmo.
Na Lapônia, bem ao norte da
Finlândia, no inverno os termômetros marcam até menos trinta graus centígrados.
Helsingue não chega a tanto, menos
vinte graus é comum nos meses de janeiro e fevereiro deixando pela cidade
camadas de gelo de até setenta centímetros de altura. O Mar Báltico congela e
parte dos sete portos do país fecham, poucas embarcações operam com o auxílio
de barcos quebra-gelo. As moradias têm sistema de calefação, naturalmente, e as
janelas têm três vidros superpostos.
A Finlândia conseguiu do Czar Nicolau
II, em 1917, a sua independência da Rússia, pouco antes da revolução que acabou
com a morte de todos os seus Czares. Hoje o país tem pouco mais de cinco
milhões de habitantes, um milhão na região metropolitana da capital.
Assim como os outros países da
Escandinávia, o Estado é presente na vida de seus cidadãos com rigor na
cobrança de impostos especialmente álcool e cigarros, além de doces, já que o
governo entende que a obesidade traria muitos prejuízos ao país. Cachorros
pagam imposto anual de cinqüenta euros, mas a guia não soube dizer como é feito
o controle.
Sessenta por cento do território do
país é formado por bosques. Boa parte do artesanato é rigorosamente protegido e
feito essencialmente de madeira. Há abundância de animais, entre eles o Alce,
responsável pelo maior número de acidentes nas estradas que cortam o país.
Alguns chegam a pesar 600 quilos.
A Educação é considerada a mais
completa do mundo. O cidadão é assistido pelo estado até os dezesseis anos,
sendo que a ensino básico (até os dezesseis anos) é obrigatório e gratuito,
inclusive as refeições servidas nas escolas. Não há universidades particulares.
A palavra mais cultuada na
Finlândia é MÃE. A licença maternidade custeada pelo Estado é de nove meses, um
mês antes e oito depois do nascimento da criança. O pai tem direito a cinco
semanas. Depois deste período, o pai ou a mãe podem ficar sem trabalhar durante
até três anos recebendo o seguro de setecentos euros mensais.
A modalidade de esporte que eles
são bambas e campeões mundiais é o Hóquei sobre gelo, por razões óbvias, eu
acho. Nas artes quem se destaca é o compositor Jean Sibélius, que faleceu em
1967 e para quem se ergueu, em 1969, um monumento feito com 600 tubos de
vinte e cinco centímetros de diâmetros e pesa vinte toneladas.
Confesso que não tem sido fácil
postar durante estes dias. Além da diferença de fuso horário, que é aqui de
seis horas, é muita emoção, sem contar as inúmeras vezes que ligamos via Face
Time para Pretinha, para dar uma olhadinha em Noninha. Sei que estou já em
falta com o neném que está vindo. Nessa época eu já tinha começado os diálogos.
De qualquer forma ficam estes
breves registros. Ontem, por exemplo, quando descemos do ônibus para visitar o
primeiro ponto turístico da cidade, a Catedral Luterana de Helsingue, nos deparamos
com um destes inúmeros artistas anônimos que se espalham pelas ruas da Europa. Um
músico e intérprete que cativava a todos que visitavam a imensa praça da
Catedral.
Lembrei-me de Glen Hansard, em Once
(Apenas uma vez). Gravei em vídeo que imaginava editar em post. Deu um tilte e
fico devendo. Se conseguir, à frente, edito.
Agora já estamos em um trem que nos
levará, em viagem de três horas e meia, para São Petersburgo, Rússia.
Até breve.
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