E se o povo, no plebiscito,
responder NÃO?
Um NÃO brado e retumbante!
E se o povo não souber o quê, o
como, o com quem? E se não souber também por quê?
E se o povo quiser apenas a catarse,
a manifestação, o vômito?
E se, enquanto isto, tantos outros
eventos estiverem se sucedendo, trazendo impactos incontornáveis a médio e
longo prazos?
E se o que se passa no Brasil se expandir
e alcançar outras bandeiras?
E se estivermos construindo, sem
saber, como de tantas outras vezes na História, uma revolução e não uma
reforma?
E se estivermos realizando a
mudança de época? Para além de tarifas zero, mobilidade urbana, hospitais e
médicos, reforma política, segurança e erradicação da endêmica corrupção, esse
crime hediondo.
E se estivermos renovando as
relações sociais?
E se estivermos refazendo o Homem e
o Humano?
Penso que seja pouco provável que
nada disso possa ocorrer. Advirá dos próximos tempos algo digno da virada de
milênio.
Embora não seja o desejo da maioria
o que advir deverá nos trazer perdas importantes. Não se farão omeletes sem quebrarem
os ovos.
Não será possível, dado ao
gigantismo da massa e de seus quereres, o caminhar sem violência em toda a sua
extensão.
A ordem desejará aplacar o caos
gerando mais desordem. Perdas.
O caos desejará mais caos gerando
mais caos. Perdas.
Talvez ocorra assim mesmo, dado o
mal feito de tantos e tantos anos. Nossa
alegria e apatia tornaram-se indignação e vontade de mudar.
Talvez a História tenha nos
reservado a oportunidade de, agora, construirmos um futuro. Quê futuro? O
próximo tempo nos dirá.
E será breve porque o povo está com
pressa.
aTÉ BREVE.
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