sábado, 11 de maio de 2013

BAGAGEM



Chegamos ontem, sexta-feira, pouco depois das 14:00 horas. Fizemos check in e fomos almoçar. Tiramos uma soneca e depois fomos para o Spa. Sauna seca, piscina aquecida, penumbra no início da noite. Camas para descanso. Relax.

Txai é um resort incrustado dentro de uma floresta de coqueirais em Itacarezinho, Bahia. Conjunto de bangalôs rústicos construídos com requinte e dentro de uma concepção harmoniosa com a natureza.

Tudo é diferenciado, com um charme simples, repleto de devoção à energia que brota da terra: jardins bem cuidados, caminhos floridos, frutas, raízes e ervas alegram cada cantinho e aguçam os sentidos.

Nada aqui fere os olhos ou o espírito. Lugar poético feito de sons, cheiros e sabores. Nessa época, fora da alta estação, o hotel está relativamente vazio o que nos dá uma sensação de que o paraíso foi aberto somente para nós.

Hoje cedo fomos fazer uma caminhada na praia. Ao longo de toda a orla, infinita ao olhar, as ondas se distanciam vazando o oceano, abrindo espaço em areias brancas e finas para nosso pisar. Não há nenhum vestígio de lixo em toda a extensão que percorremos, nem da própria natureza.

Da praia o que se vê são coqueiros revoltos ao vento com seus nasceres tordos, curvilíneos, resistentes.  Embora as dependências do hotel estejam a dez metros da densa floresta de coqueirais nenhuma edificação está exposta e nem fere a paisagem. Estar na praia é como estar absolutamente fora da civilização. Nada agride.

A arquitetura e a edificação dos bangalôs todos com vistas para o Mar ou Mata Atlântica, amenities com essências naturais da Natura e roupas de cama da Trussardi, distantes e desalinhados foram concebidas para guardar harmonia com o espaço e permitir que os hóspedes encontrem o melhor.

Apenas o melhor.

Além de produzir imensa inveja aos leitores, prá que serve este post? É que quando no seminário que conduzi esta semana, e tratei em MOAGEM, um participante me perguntou à queima roupa se a vida valia mesmo a pena e, afinal, o que levamos dela.

Lá eu respondi o óbvio.

Daqui, desta experiência, levo o que encontrei na praia que, de tão limpa deixou à mostra. Uma pulseira de  vulgar metal cravejada com brilhantes de vidro, uma bolinha provavelmente de ping-pong e uma conchinha.



Vou colocá-las em um armário que temos na nossa casa de Santa Luzia. 

Lembranças, como tudo mais, que levamos da Vida.

Até breve.

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