Li hoje um crônica de Nana Tucci no
Estadão: “Jabuticaba - brasileira
até o caroço”.
Tomo a liberdade de transcrever parte:
"A
mais brasileira das frutas tem aparência de durona. Puro disfarce. Um
apertão... e ploct. A jabuticaba explode e expele sem resistência sua polpa
doce e esbranquiçada. Bom mesmo é comer arrancando direto do pé, escolhendo as
mais graúdas. Ou de baciada, uma atrás da outra.
Como tem
apenas uma safra por ano, entre agosto e novembro, fim de inverno e primavera,
a jabuticaba é a fruta que nos ensina a esperar. Fora de época, não chega às
gôndolas do mercado nem às feiras livres - vez ou outra há uma safrinha entre
fevereiro e abril, mas não o suficiente para ser comercializada. Por isso,
quando chega a primavera, ninguém quer dar à jabuticaba outro fim que não seja
o da ladroíce no pé. É nessa época que ela (re)aparece nos cardápios dos
restaurantes, transformada em sorbets, caldas, caipirinhas.
Mas a
verdade é que a jabuticaba é uma fruta que não gosta de sair de casa, seja
deste lado ou do lado de lá do mundo. Estoura à mínima pressão e começa a
fermentar no mesmo dia da colheita. Além disso, é uma planta sem pressa,
descansada, que demora mais de uma década para dar os primeiros frutos - daí a
grande quantidade de jabuticabeiras híbridas ou "produzindo" à venda.
E, quando
finalmente dá fruta, é arrebatadora: ‘Não acredito, a jabuticabeira aqui de
casa deu fruto pela primeira vez! Ia fotografar, mas comi o potinho inteiro,
antes. Doces! Demorou uns 15 anos para se manifestar’, escreveu recentemente a
escritora Nina Horta em seu blog. A mesma Nina tentou adivinhar o deslumbre de
Paul Bocuse frente à fruta, em capítulo de Não É Sopa, com a citação: ‘La
jabuticaba n’est pas pour le bec de tout le monde. Extraordinaire...’ (‘Jabuticaba
não é para o bico de todo mundo. Extraordinária’)."
Fiquei pensando. Acho que vou
mandar fazer uma plaquinha para fixar no único pé da fruta que plantamos
em nossa casa em Santa Luzia. Nela vou pedir para gravar um nome e uma frase.
NONINHA
N’est pas pour le bec de tout le monde
Até breve.
OBS.: Para entender melhor leia OLHOS
REalmente não é para o bico de todo mundo não....mas que o ciume pegou....pegou.. coitada da Noninha... tem um avó ciumentíssimo kkkkk
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