Duas observações distintas.
Ontem ouvi alguém defendendo o
presidente da Comissão de Direitos Humanos dizendo que o Brasil está vivendo
uma "ditadura de gays".
Também ontem, em sua coluna no
Estadão, Arnaldo Jabor escreveu: "Os
acontecimentos não acontecem, se diluem, morrem". E ainda: "Algo muito ruim cozinha em banho-maria nosso
progresso. Há alguma coisa “não-acontecendo" no Brasil que me dá arrepios".
Uma observação não tem nada a ver
com a outra ou terá?
Houve uma época em que vivíamos sob
a égide de ditaduras de exceção. Ou seja: o poder estava nas mãos de alguns
que, pela via da força e/ou da catequese do mistério divino,
subjugava/controlava os demais.
Estamos vivendo hoje sob a ditadura
da liberdade? Ou seja: o poder está nas mãos de todos, indiscriminadamente,
para fazer o que bem entendermos? De alianças com o Diabo a matar por R$10,00;
reativar arsenais atômicos a dizimar lenta e gradualmente um povo e sua
cultura? Tirar a vida de enfermos que não tem viabilidade financeira para
planos de saúde? Deixar que quase mil pessoas fossem soterradas nos últimos
cinco anos na mesma região por explicitarem suas vidas em áreas de risco?
Descambou geral?
O Estado, A Religião, A Instituição
Família, O Direito à Vida, A Instituição Propriedade foram para o saco? Todo o
poder a cada um para fazer e acontecer segundo seus bel-prazeres? Ninguém teme
a nada e a ninguém?
Perdoe-me Jabor, com todo o
respeito. Está acontecendo algo e de forma dramática, e que também me dá
arrepios.
O que diariamente se explicita e
mais é a imensa derrocada de corações e mentes, forjando caracteres cada vez
mais perversos, tanto maléficos quanto doentios. E nada causa.
Somos espectadores de uma cena histórica humana patética como a da corrida de 150m rasos em pista reta do recordista olímpico Usain Bolt na ensolarada praia de Copacabana no último domingo.
Somos espectadores de uma cena histórica humana patética como a da corrida de 150m rasos em pista reta do recordista olímpico Usain Bolt na ensolarada praia de Copacabana no último domingo.
Triste espetáculo.
Até breve.
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