Continuando o
TEMA.
"Há muitos juízes para colocar para fora. Esse
conluio entre juízes e advogados é o que há de mais pernicioso. Nós sabemos que
há decisões graciosas, condescendentes, absolutamente fora das regras".
Esta época é mesmo
orgástica de tão explícita. As falas do Presidente do Supremo Tribunal na
sessão de trabalho no Conselho Nacional de Justiça de ontem foram lapidares que
ilustram minha tentativa de compreendê-la.
Hoje fui levar
Noninha ao médico pediatra. Revisão de rotina, nada de grave. Comentei
com ela do ocorrido na reunião do CNJ.
Flagrei a reação dela, quase escandalizada.
Como se não
bastasse, já tendo retornado da consulta com a médica, fui falar com Noninha
sobre a visita de nossa Presidenta a Roma onde nossa lidera se encontrou com El
Papa Francisco. Minha netinha não se conteve quando eu disse que a comitiva presidencial
ficou hospedada durante três dias em cinquenta apartamentos de um hotel de luxo no centro da cidade e
alugou dezessete carros de luxo. A missão propriamente dita não ultrapassou a
cinco horas. Noninha fez como se me dissesse: “Mesmo, vovô? Né pussível”.
Continuei
conversando com ela. Falei do reajuste dos suados ganhos dos deputados e
senadores aprovado ontem pelo Congresso e da decisão judicial de confisco dos
bens da quadrilha de Cachoeira a qual, naturalmente, sofrerá impetração de
recurso.
Quando olhei para
o lado Noninha dormia. Esta foto não tirei, porque assemelha-se a da nação que
dorme. E todos conhecem.
Explicitação.
Efemeridade. Banalidade.
Até breve.
Tem hora que dá vergonha de ser brasileiro...
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