Sábado inicio da noite, Santa
Luzia.
O denso cinza escuro quase negro
precipita-se sobre o verde das vegetações que nos abraçam por todos os lados.
Embora muito bonita, a tempestade assusta com seus ventos barulhentos e
centelhas de raios que cortam os céus.
Estávamos fazendo o lanche
vespertino na presença de um casal de amigos também moradores em nosso
condomínio. Jogando conversas dentro, como de resto, fazemos quase todos os
finais de semana.
No domingo, bem cedo, a caminhada
serviu também como verificação dos eventuais danos da tromba d'água. Felizmente
nada ocorreu. Meus pulmões ávidos deram graças à neblina que encobria a rua e toda a mata, deixava pouca coisa a vista, carregada de umidade e oxigênio.
Ao longo do dia me coloquei a
pensar sobre um mote que me levasse a post. Nada me ocorria, exceto o mal estar
que ficou de sexta-feira e se agravou no início da tarde de hoje.
Todos os condenados continuam
soltos.
Todos os que sofreram denúncia
tiveram processos arquivados ou estão gozando dos infindáveis recursos. Ainda
tramam.
Alguns destes continuam abusando de
uma estrutura que nos custa R$3,0 bilhões anuais.
Um deles foi eleito Presidente do
Senado e outro Presidente da Câmara dos Deputados.
Eu havia prometido à mim mesmo não
mais gastar espaço com essa gentalha, satrápias, verdugos. E não vou.
Enquanto isto, a vida segue sem
grandes realces. Apenas as mesmas e frequentes notícias e/ou fotos enviados via
WhatsApp de Noninha e agora, também, de Zeroum.
Carnaval, folia marota, avizinha-se. Nada também que valha samba. Zeca Pagodinho mesmo disse que a festa acabou.
Enfim, sobra tocar os compromissos
e agendas.
Dar uma de que a vida seja mesmo
isto. Assim.
Melhor.
Quando passarmos em vista o país
depois da catástrofe de lama que escorre de Brasília, vamos nos dar conta de
que nada ocorreu.
Vamos ficar apenas com a neblina
conhecida de um gás nauseante com o qual cada vez mais nossos pulmões estão
acostumados.
Triste caminhada.
Até breve.
Só esses anjinhos para renovarem as nossas esperanças de que algo ainda possa ser diferente!!! Vamos voar de balão, Vovô Guiô!!!
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