segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

NUANCE



Sábado inicio da noite, Santa Luzia.

O denso cinza escuro quase negro precipita-se sobre o verde das vegetações que nos abraçam por todos os lados. Embora muito bonita, a tempestade assusta com seus ventos barulhentos e centelhas de raios que cortam os céus.

Estávamos fazendo o lanche vespertino na presença de um casal de amigos também moradores em nosso condomínio. Jogando conversas dentro, como de resto, fazemos quase todos os finais de semana.

No domingo, bem cedo, a caminhada serviu também como verificação dos eventuais danos da tromba d'água. Felizmente nada ocorreu. Meus pulmões ávidos deram graças à neblina que encobria a rua e toda a mata, deixava pouca coisa a vista, carregada de umidade e oxigênio.

Ao longo do dia me coloquei a pensar sobre um mote que me levasse a post. Nada me ocorria, exceto o mal estar que ficou de sexta-feira e se agravou no início da tarde de hoje.

Todos os condenados continuam soltos.

Todos os que sofreram denúncia tiveram processos arquivados ou estão gozando dos infindáveis recursos. Ainda tramam.

Alguns destes continuam abusando de uma estrutura que nos custa R$3,0 bilhões anuais.

Um deles foi eleito Presidente do Senado e outro Presidente da Câmara dos Deputados.

Eu havia prometido à mim mesmo não mais gastar espaço com essa gentalha, satrápias, verdugos. E não vou.

Enquanto isto, a vida segue sem grandes realces. Apenas as mesmas e frequentes notícias e/ou fotos enviados via WhatsApp de Noninha e agora, também, de Zeroum.

Carnaval, folia marota, avizinha-se. Nada também que valha samba. Zeca Pagodinho mesmo disse que a festa acabou.
Enfim, sobra tocar os compromissos e agendas.

Dar uma de que a vida seja mesmo isto. Assim.

Melhor.

Quando passarmos em vista o país depois da catástrofe de lama que escorre de Brasília, vamos nos dar conta de que nada ocorreu.

Vamos ficar apenas com a neblina conhecida de um gás nauseante com o qual cada vez mais nossos pulmões estão acostumados.

Triste caminhada.



Até breve.

Um comentário:

  1. Só esses anjinhos para renovarem as nossas esperanças de que algo ainda possa ser diferente!!! Vamos voar de balão, Vovô Guiô!!!

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