Camila, por seu comentário no post
anterior, pegou a ideia. Só mesmo anjos para nos compensar o entorno.
A explicitação do absurdo e do
desrespeito às instituições democráticas e a seu protagonista ilustre (o povo)
chegou ao limite do obsceno.
O bate-boca entre os principais
responsáveis pelo legislativo e pelo judiciário a mim preocupa seja qual for o
desfecho.
Caso ao fim dos procedimentos
judiciais de praxe ocorra, de fato, a prisão dos condenados e a perda do
mandato daqueles que são parlamentares, abrirá uma brecha delicada para juízo
de boa parte dos protagonistas da história política recente do país.
Quem esteve no poder dando as
cartas nos últimos trinta e poucos anos, e estiver vivo, estará sujeito à
verificação de conduta. Os acordos sempre foram sobre a tese de que aquele que
cai não pode sair atirando. É melhor que aguarde quando retornar.
Na outra hipótese de desfecho, caso
não ocorra nem a prisão e nem a perda de mandato, o que me parece mais provável
face às circunstâncias, continuaremos como dantes no quartel de Abrantes.
Se bem que não.
A política será cada vez mais
entendida e aceita como a arte torpe do engodo. Ao povo, que legitima a
conduta, ficará o maior dano. Entre nós consolidar-se-á a convicção de que a
via da esperteza e da tramoia é o caminho mais curto para o sucesso e projeção
social.
Consolidar-se-á também e
absolutamente a prática da impunidade dos membros da elite, restando apenas aos
menos favorecidos a demonstração de que o crime não compensa.
Enfim, neste particular, nada pode
estar tão ruim que não possa ainda piorar. De qualquer forma, e eu não sei por que
não me limito exclusivamente a isto, ainda há sim uma esperança.
Flagrei-a ontem. A vida compensa.
Até breve.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUé, cadê seu comentário?
ExcluirModelo mais que internacional. Que linda!!! Que recompensa!!!
ResponderExcluirSe bem que o título quiz refletir sobre que MODELO de país nós queremos...
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