quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

TRINTAECINCO


Não é justo que eu privilegie Noninha, apenas. Nem é de todo verdadeiro. A vida nos proporcionou imensas alegrias. Tá bom que Noninha foi uma das mais expressivas. E que se renova todos os dias.

Há exatos trinta e cinco anos atrás, por volta das dez horas da noite nós fomos agraciados pela chegada de Vladimir. Eu estava com vinte e cinco e ELA com vinte e um. Já disse aqui em SEIVA VI que foi um susto.

Tem uma história aí de que pai, para preservar a autoridade, não pode ser amigo de filho. Eu tornei-me amigo de meu filho mais velho exatamente por isto. Eu nunca tive que usar desta prerrogativa para contribuir em sua educação. Vladimir sempre me poupou do uso do poder paterno em suas escolhas.

Não me recordo de nenhuma reprimenda mais expressiva, exceto talvez quando ele entrou para o sexto ano de faculdade e eu lhe disse que era o último que eu bancava. Mão-de-vaca, ele tratou de fazer as onze disciplinas pendentes e dar cabo da academia.

Para quem acompanha o blog, desde o início, sabe que a ideia da coisa foi dele e foi ele, também, quem arquitetou e colocou o dasletra no ar.

Hoje ele está entre os meus dois ou três incentivadores. De quando em vez ele me diz: “Pai, este post de hoje ficou melhorzinho. É um dos menos fracos. Continue. Uma hora você acerta. Dizem que quem escreve muito uma hora escreve algo que valha o esforço”.

Ele é assim.

Hoje eu queria ter escrito o post mais melhorzinho de todos. Ou pelo menos, o menos fraco.

Até breve. 

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