Julinho é
meu sobrinho e afilhado. Leitor e comentarista assíduo do blog rivaliza com
Camila, também sobrinha e afilhada, qual deles é o crítico mais suspeito. Se o
leitor tiver paciência, pesquise em alguns posts os comentários publicados por
um e por outro. Dá náuseas de tanta puxação deslavada.
Muito bem. Em
email, escrito cheio de reservas e cuidados, Julinho sugere que eu procure site
de projeção para que, caso eu tenha um post ali publicado, eu consiga ganhar
notoriedade, recebendo inúmeros comentários. Chegou até sugerir um site e
enviou os critérios do mesmo para que o candidato se inscreva no processo
seletivo de textos.
Respondi o
email à altura. Pedi a ele que escolhesse entre os 330 textos, publicados aqui
no dasletra, cinco que pudessem
concorrer na seleção do site e disse que ele mesmo estava autorizado a fazer
minha inscrição. Julinho não gostou muito da tarefa não, eu acho. Mas também
quem pediu a ele tal tipo de sugestão?
"Quem pariu Mateus que o embale", diria a minha avó Eulália.
Faz parte
do meu passatempo atual pesquisar outras produções do cotidiano e, sem nenhuma
modéstia, considero os meus textos menos ruins do que boa parte daqueles que
são publicados na rede. Claro que os meus guardam temáticas às vezes mais
íntimas (até demais, corajosas já me disseram), mas mesmo assim.
Além do
email referido acima, Julinho em seu último suspeitíssimo comentário, apoiado
em citação original em inglês, sinaliza a mim que escrever é um ato de
generosidade. Que eu tenho sido generoso em publicar minhas histórias, com H
maiúsculo (num tô falando?). Se ele continuar assim vou colocar aqui, de
publico, o que soube hoje: qual foi a artimanha que ele usou para fazer com que
Mônica capitulasse e fosse com ele ao altar.
Deixa dizer
de uma vez por todas e a todos: só há uma razão para a minha escrita. Confesso
que me deu um puta branco agora, mas até o final eu me lembro. De qualquer
forma, independente do que me motiva, eu não lembrei ainda (mas eu sei que é
muito), seguramente não é por generosidade. Ou pelo menos, não só.
A escrita
não é, em si, um ato. Eu penso que escrever é mais um mal estar do que qualquer
outra coisa, especialmente quando se tem a pretensão de ficar livre de algo
que, supostamente, seja universal. A dor escrita, por mais íntima, jamais é
particular. Ninguém lê o que foi escrito pelo autor. O que se lê já estava
inscrito naquele que se depara com o texto.
Se há
generosidade, então e assim ato, é do leitor que, ao sorver o texto credita ao
autor a sua viagem. Não, não é bem assim que ocorre. O texto não ultrapassa a
função de ser veículo, quem dá destino, intensidade e sentido é o leitor.
Ato de
generosidade é de Julinho, que me estimula a produzir cometas.
Até breve.
Wow! Sou um privilegiado! Cometas!? Caramba....
ResponderExcluirAssumo meu prazer em provocá-lo a continuar escrevendo e a brincar com amigos, família e desconhecidos que vez ou noutra traz aqui de suas viagens sempre com Ela.
Por quê? Porque as vezes você é erudito, as vezes um avô babão, as vezes revoltado com nossos políticos. Em todos os casos, eu e seus seguidores (Camila especialmente) vamos te decifrando como num jogo de quebra-cabeças. Puro prazer ou será matação de tempo?
Sobre a missão para selecionar os posts pode deixar que vamos fazer. Aproveito para pedir indicações de todos. Você ai, qual é o post mais impactante? Não exite em responder agora mesmo.
As artimanhas de Don Juan, que culminaram com a chegada do Leozinho, não servirão para impedir que eu continue nesta deslavada puxação! Você vai ter que me aguentar, pelo menos enquanto o Dasletra for público.
Abraço e obrigado pela enorme alegria que você levou hoje para a Dona Jean.
Concordo com voce, Julinho.. somos privilegiados.. somos afilhados.. puxa sacos.. rsrsrsr o que quiserem nos denominar.. o mais bacana é a interação que isso tudo nos permite. Ontem mesmo encontrei com o padrinho e ele nos contou a sua historia... aquela das 8 orquídeas.. achei o máximo... Sua mãe é mesmo inspiradora... Agora desse post não houve como não me encaixar no ditado da Vovó Eulália, porque não vejo a hora de parir Mateo e o embalar..rsrsrsrsrsr.E quanto ao post, vou pesquisar.. bjos e feliz DASLETRAS 2013!!! vamo que vamo!!!!
ResponderExcluirCamila,
ResponderExcluirrealmente as orquídeas foram uma forma inédita de contar o tempo. Quando tiver a oportunidade conto mais detalhes de como me virava para conseguir fazer a surpresa de cada mês. Tenho fotos de cada uma delas....
Espero sua ajuda para a "seleção dos melhores" posts.
Viva o DASLETRAS 2013 e muitos embalos para o Mateo! É bom demais!!